Durante toda a manhã de ontem, a movimentação de passageiros dentro e ao redor do Terminal Rodoviário de Belém foi intensa. Com a chegada do quarto e último final de semana do mês de julho, centenas de pessoas decidiram pegar a estrada rumo aos balneários do interior do Pará e também para outros estados. A expectativa para este final de semana é de que 9.700 pessoas passem pelo local, um acréscimo de 20% em relação ao último final de semana, onde se registrou o embarque de 8.100 passageiros, informou a Sociedade Nacional Apoio Rodoviário Turístico (Sinart), empresa que administra o espaço.
Nos guichês que vendem passagens para as viagens intermunicipais, as filas eram consideravelmente grandes. Segundo os vendedores, os principais destinos procurados ainda são o distrito de Mosqueiro e o município de Salinópolis. Além desses, a Sinart informou também que outras cidades como Bragança, Marudá, Colares e Vigia estão na rota dos viajantes.
Josi Fonseca, 46, não perdeu tempo e arrumou as malas para embarcar cedo com destino a Bucólica, como também é conhecida a Ilha de Mosqueiro, distante 70 km da capital paraense. “A gente se preparou para vir logo para evitar uma maior aglomeração e também o engarrafamento na estrada até lá”, disse.
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Ao lado de suas parentas e de uma amiga, Josi dizia não se descuidar das medidas de prevenção contra a Covid-19, mesmo no momento de lazer que estava apenas iniciando. “Nosso álcool em gel está aqui nas malas e todo mundo teve de vir bonitinho de máscaras para curtir com segurança”, conta.
Ainda falando de segurança, o terminal tem disponibilizado ao público álcool em gel e lavabos para que os usuários possam fazer a higienização das mãos. O uso de máscaras que é obrigatório estava sendo respeitado por todos que circulavam no local. Uma equipe da Secretaria de Saúde Pública (Sespa) permanecia aposta para medir a temperatura dos passageiros, além de reforçar as medidas de segurança para evitar novos contágios de Covid-19 durante as viagens.
A Sinart faz o alerta para que os passageiros procurem comprar suas passagens no Terminal Rodoviário de Belém diretamente com as empresas credenciadas, a fim de evitar qualquer tipo de problemas durante as viagens, caso os passes sejam adquiridos por meio de terceiros que realizam vendas fora do local.
ANANINDEUA
O Terminal Rodoviário de Ananindeua também recebeu um número elevado de veranistas em direção às praias e balneários do Estado. No quarto final de semana das férias, muita gente fez uso dos ônibus e vans que deixavam a cidade a todo momento. No entanto, as normas de segurança adotadas no combate ao novo coronavírus não foram propriamente respeitadas. Muita aglomeração e falta de organização na compra das passagens e embarques nos ônibus, embora o local conte com cartazes e demarcações de espaço entre os passageiros.
Os destinos mais procurados continuam sendo os mais tradicionais. Mosqueiro, Marudá, Salinas e Bragança recebem um número elevado de pessoas nesta época do ano, sobretudo por conta das praias. Cidades do interior também recebem um número grande de turistas. A família da técnica em radiologia Claudia Souza, 38, se preparava para ir a Concórdia do Pará visitar parentes. É a primeira viagem depois da pandemia do novo coronavírus.
Ela e as filhas deixaram a viagem para o último final de semana por achar que o movimento não seria tão grande, mas tomaram um susto ao chegar no terminal. “Nós não saímos de casa desde o início do lockdown. Não sabíamos como seria, e confesso que está um pouco desorganizado”, critica. A aglomeração visível foi o que mais a incomodou, embora a maioria das pessoas estivesse de máscaras. “A gente percebe que usam, mas ninguém respeita o distanciamento. Ficamos até um pouco preocupadas em sair dessa forma”, diz, junto das filhas Ariene e Érica Almeida.
Já o estudante universitário Lucas Reis, 18, viajava com a namorada para a Vila dos Cabanos, em Barcarena. Será a primeira viagem do casal em julho. Embora as regras de distanciamento estejam mais flexíveis neste mês, os dois fizeram questão de sentar em cadeiras distantes, para evitar o contato. “Acho importante seguir as recomendações. Pela quantidade de gente, cada um tem de fazer a sua parte”, acredita.
O pensamento dele, no entanto, não era unanimidade. Nos guichês de passagens, as marcações no chão, delimitando o espaço de 1,5 metro entre as pessoas, sequer era visto. A disponibilidade de álcool em gel para os passageiros era mínima. Nas filas para embarque aglomerações se formavam rapidamente e só esvaziavam quando os ônibus eram preenchidos. As cadeiras espalhadas pelo terminal continham adesivos que indicavam onde era permitido sentar, mas quase ninguém obedecia, formando assim um cenário muito comum em outras épocas do ano, quando não havia sequer a ideia de uma pandemia com milhões de vítimas fatais.
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