Os cheiros, cores e sabores marcantes do Ver-o-Peso estão retratados no videoclipe “Veropa”, do rapper paraense Cronixta, que já está disponível no canal do artista no Youtube.Toda a representatividade e concepção imagética daquele lugar o rapper busca mostrar neste trabalho através da música.
A faixa é integrante do primeiro álbum de Cronixta, “Maiandeua”. “Desde o processo no estúdio, sabíamos que essa música tinha um potencial para trazer uma representatividade bem marcante do conceito visual desse disco. ‘Veropa’ é um som da Amazônia, da ginga, mandinga e sobre o peso de suas raízes”, conceitua.
Com Veropa sendo um termo usado especialmente pelos paraenses, Cronixta diz que se apropriou dessa representação para mostrá-lo ao mundo. “A música nasceu da necessidade de querer mostrar esse nosso terreiro, esse peso do Ver-o-Peso através desse tempero ‘suingado’ que só a gente tem, seja através da cerveja gelada que inspira na beira do rio, que eu carinhosamente chamo de ‘rock doido de laurentino’, ou pela mandinga da tia Coló”, explica. “Acredito muito no poder da pluralidade que só o ‘Veropa’ carrega, e foi pensando exatamente nesse ponto que surgiu o conceito para o videoclipe, que contempla a vibração das cores, do cheiro do mercado que são muito únicos dentro dessa nossa raiz cabocla”, afirma
Cronixta nasceu em Belém, e desde criança se viu rodeado por músicas latinas e toda gastronomia e cultura existentes na cidade. “Eu lembro de ouvir Warilou, Nelsinho Rodrigues, Fruto Sensual, mestre Verequete, etc. Lembro do cheiro da maniçoba no fogo, eu era muito pivete”, recorda ele, que foi criado na periferia do bairro do Marco com o desejo de marcar seu nome na música brasileira, trazendo sua pluralidade latino-americana a seu ritmo descontraído e ao mesmo tempo energético, com letras marcantes e sociais.
“Essa música é para lembrar que o povo amazônico tem no sangue a latinidade injetada nas veias, o sorriso no rosto e a luta pela sobrevivência, na ginga. Acredito que essa filosofia de vida tem sinergia do brasileiro, e no meu Pará isso grita de uma forma muito mais sensível. Embora eu esteja morando em outra cidade, ampliar minhas raízes e espalhar meu terreiro amazônico sempre vai estar no sangue”, afirma o músico.
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