A lei que equipara o salário-base de servidores civis do Estado, ativos e inativos, ao salário mínimo, foi sancionada ontem (20), pelo governador Helder Barbalho, com previsão de ser publicada ontem mesmo em edição extra do Diário Oficial (DOE). A correção salarial vai abranger, também, servidores pensionistas do Poder Executivo, cuja referência salarial seja inferior aos R$ 1.045 previstos.
“Esta era uma dívida histórica do Estado. Com esta lei, corrigimos isto e garantimos este direito a tantos que têm colaborado com o desenvolvimento e servindo à população paraense. Fazer a valorização dos servidores e reconhecer o trabalho de todos, seguramente aperfeiçoa as ações do Estado em favor da nossa população”, disse o chefe do Poder Executivo.
Os efeitos financeiros da Lei Estadual 9.113/2020 serão retroativos a 1º de janeiro de 2020, beneficiando 20.619 servidores civis ativos, além de 10.394 civis inativos e pensionistas, que terão os seus salários corrigidos a partir da data de publicação da medida.
Segundo a secretária de Planejamento e Administração (Seplad), Hana Ghassan, a atual gestão vem trabalhando para reconhecer o trabalho do funcionalismo público e levar melhorias no serviço prestado à sociedade.
“Mesmo que tenhamos recebido o governo com a despesa de pessoal acima do limite prudencial e com um déficit fiscal de mais de R$ 1 bilhão, o Estado vem buscando mecanismos que possibilitem a valorização do servidor, que é a peça chave fundamental para o sucesso da administração”, reforçou.
A equiparação dos valores era um pedido que vinha sendo feito há, pelo menos, 20 anos pelos servidores, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima.
“Em nenhum dos governos anteriores foi atendido. Então, estamos resolvendo o problema de servidores que recebiam o salário-base abaixo do valor do salário mínimo. Resgatamos o compromisso assumido pelo Governo do Estado, dando maior poder aquisitivo a cada servidor público estadual”, complementou.
APROVAÇÃO
A redação final da legislação, de autoria do Poder Executivo, foi aprovada pela Assembleia Legislativa (Alepa) no último dia 12, durante Sessão Ordinária. De acordo com o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer, a correção salarial está de acordo com a política nacional e vem para garantir que os direitos dos servidores sejam cumpridos.
“A lei passou pela análise jurídica da PGE e reflete o que determina a Constituição Federal, que assegura o salário mínimo nacional como o menor valor permitido a ser ofertado ao trabalhador brasileiro. Estamos resgatando e sanando uma dívida histórica que o Estado tinha com os servidores”, concluiu.
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