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DOR DE CABEÇA

Dificuldade de troco é o principal empecilho à nova nota de R$ 200 

Em poucos dias, a nota de R$ 200 estará circulando pelo Brasil. A cédula, que terá estampada a figura de um Lobo-Guará, será a de maior valor no país, a mais nova denominação para a 2ª família do real lançada pelo Banco Central (BC). A chegada da nota tem

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Imagem ilustrativa da notícia Dificuldade de troco é o principal empecilho à nova nota de R$ 200  camera Quem trabalha com dinheiro, considera que nota mais alta dificulta para garantir trocado. | Antônio Melo/Diário do Pará

Em poucos dias, a nota de R$ 200 estará circulando pelo Brasil. A cédula, que terá estampada a figura de um Lobo-Guará, será a de maior valor no país, a mais nova denominação para a 2ª família do real lançada pelo Banco Central (BC). A chegada da nota tem gerado expectativa e preocupação por parte daqueles que trabalham diariamente com o dinheiro. Isso porque quem manuseia cédulas no recebimento e entrega, o alto valor pode dificultar principalmente na hora de dar troco por algum produto ou serviço prestado.

“Como a gente trabalha muito com trocado, essa nova nota vai dificultar um pouco, principalmente quem vem com uma nota de 100 reais e quer tirar 15 reais, por exemplo. Uma nota de 200 vai dificultar um pouco ‘pra’ gente”, comenta Nielson Duarte, de 39 anos, frentista.

Segundo ele, atualmente já se adotou a estratégia de perguntar para o cliente sobre a forma de pagamento para facilitar na hora de dar o troco. “A gente sempre pergunta para o cliente se é dinheiro ou cartão para indicar a bomba correta, também alerta por conta do trocado. A gente pode colocar o valor certo na bomba ou conversa com o cliente para arredondar. Assim, ninguém fica prejudicado”, acrescenta Duarte.

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Ao longo de 22 anos de profissão, o taxista Abelardo Souza, 56, já perdeu cliente por causa da falta de troco. Ele, que trabalha no Terminal Rodoviário de Belém, enfrenta diariamente a escassez de notas com valores menores e precisa encontrar alternativas para não perder dinheiro. “Quando chego para trabalhar de manhã cedo, já tento destrocar com quem estava trabalhando à noite, porque se for deixar para trocar na lanchonete, não consegue. Fica ruim”, reitera. “Também pergunto para o cliente o destino, cálculo na hora o valor estimado e se está trocado. Se tiver ‘inteiro’, tento trocar por aqui mesmo”, acrescenta.

Por outro lado, o também taxista José Trajano, de 67 anos, vê de forma positiva a chegada da nova nota. “Se a gente receber os 200 reais, tem que aceitar. A gente dá um jeito de trocar. Acho que é normal esse tipo de mudança. E se receber o valor de 1 mil reais, se confere apenas cinco notas de 200, diminui o volume”, pontua. De acordo com o BC, ao longo deste ano, deverão entrar em circulação 450 milhões de unidades da nova cédula, ou seja, R$ 9 bilhões serão injetados no país. O objetivo é atender ao aumento da demanda por dinheiro em espécie que se verificou durante a pandemia de Covid-19. A nova cédula também é considerada segura e contém elementos de segurança capazes de protegê-la das tentativas de falsificação. Porém, o Banco ressalta a importância de conferir os itens de segurança, disponíveis no site www.bcb.gov.br.

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