Falta de insumos e de equipamentos de proteção individual (EPIs) são alguns dos problemas enfrentados na Fundação Papa João XXIII (Funpapa), da Prefeitura de Belém, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade em diversos espaços na capital. A denúncia da Associação dos Servidores da Funpapa também aponta que a precariedade se estende para questões básicas e que se agravaram no período da pandemia.
“A Fundação atua em 30 espaços e não deixamos de trabalhar em nenhum deles durante todo esse tempo, mesmo sem os EPIs. Somente máscara de pano foi distribuído para a gente. Depois de cinco meses chegaram os kits de equipamentos, mas não é suficiente. Faltam máscara e óculos”, afirma Rayme de Sousa, vice-presidente da Associação.
Segundo ele, os problemas se estendem para falta de água, material de higiene, alimentação e transporte. “Estamos sofrendo com a falta de transporte para fazer o deslocamento dos usuários, dos alimentos e qualquer outra situação. Sem contar que a própria alimentação está precária, sendo servido somente frango e arroz todos os dias. Falta também café, açúcar...”, detalha Rayme. “Em alguns espaços a situação estrutural é precária, carece de manutenção”, acrescenta.
O representante dos servidores reclama ainda que o atendimento, como a distribuição de cestas básicas para idosos e pessoas com deficiência, não estaria sendo realizado. “A verba é federal, o recurso chegou, mas desde abril em nenhum momento foi feita a compra das cestas para a população mais carente e que é do grupo de risco para o coronavírus”, afirma. “Já estávamos vivendo nessa situação, mas piorou com a pandemia”, aponta.
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REUNIÃO
A Associação diz ainda que tenta uma reunião com a presidência da Fundação em busca de explicações sobre as questões enfrentadas, mas não teria tido êxito. Por isso, a partir das 9h desta sexta-feira, representantes dos servidores e das unidades de atendimento farão ato em frente à sede da Funpapa - localizada na avenida Rômulo Maiorana, bairro Marco - reivindicando soluções para a assistência adequada às pessoas assistidas pelo órgão.
A reportagem procurou a Prefeitura de Belém em busca de esclarecimentos sobre as denúncias, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno.
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