Com 9,1%, o Pará registrou a menor taxa de desemprego do Norte e a segunda menor do Brasil entre as unidades da federação no segundo trimestre de 2020. Pará e Amapá foram os únicos estados brasileiros que apresentaram queda nessa taxa quando comparados com o ano passado; no caso do Pará, a queda foi de 2,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego no segundo trimestre do ano aumentou em 11 estados brasileiros e se manteve estável em 14. Apenas Amapá (-5,8%) e Pará (-1,6%) tiveram queda na comparação com o primeiro trimestre.
Em 12 unidades da federação, o desemprego superou a média nacional, de 13,3%. O país tinha 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no segundo trimestre, conforme já divulgado pelo instituto no início do mês.
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Por outro lado, o Pará mantém a maior taxa de informalidade (56,4%) seguido por Maranhão (55,6%), Amazonas (55,0%) e Piauí (53,6%). Já Santa Catarina (25,8%), Distrito Federal (26%) e São Paulo (28,6%) apresentam as menores taxas de informalidade.
A pesquisa mostra que a taxa de informalidade atingiu 36,9% no segundo trimestre, queda de 3% em relação ao trimestre anterior e de 4,3% comparado a igual período do ano passado. Apesar da queda em todas as regiões, o Norte (52,5%) e o Nordeste (48,3%) estão acima da média nacional. Centro Oeste (35,7%), Sudeste (31,5%) e Sul (29,4%) apresentam as menores taxas e abaixo da média nacional.
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O rendimento médio dos trabalhos no Pará cresceu: no segundo trimestre de 2019 era de R$ 1.567,00 e, no mesmo período de 2020, passou a ser de R$ 1.835,00. Houve uma variação positiva (13,5%) também em relação ao primeiro trimestre do ano. O estado teve o terceiro aumento mais efetivo do Brasil, ficando abaixo apenas do Amazonas (R$ 2.059,00) e do Rio Grande do Norte (R$ 2.049,00).
Esse aumento é explicado por mudanças na composição da população ocupada, verificando-se a diminuição de representatividade dos trabalhadores informais, pela perda de trabalho, e o aumento da representatividade dos trabalhadores formais, que conseguiram enfrentar melhor a crise e manter sua ocupação. Como os trabalhadores formais têm rendimento médio historicamente superior aos informais, sua maior representatividade explica esse aumento.
O percentual de pessoas desalentadas (aquelas que desistiram de procurar trabalho por razões de mercado) na força potencial de trabalho atingiu 44,4% no segundo trimestre de 2020, com aproximadamente 266 mil pessoas nessa condição.
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