A Policlínica Itinerante montada no entorno do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, desde o dia 1º de julho, encerra as atividades nesta segunda-feira (31). Cerca de 5,3 mil paraenses receberam atendimento na unidade. Destes, 45 pacientes foram encaminhados para internação hospitalar. Ao todo, as Policlínicas Metropolitana e Itinerantes registraram cerca de 160 mil atendimentos no combate à Covid-19 por todo o Pará.
Segundo o Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Sipriano Ferraz, foram registrados mais de 111 mil atendimentos nas Policlínicas Itinerantes, 44 mil atendimentos na Policlínica Metropolitana e cerca de 5.300 na Policlínica montada na área externa do Hangar. O objetivo era tratar os casos do novo coronavírus de forma precoce, na fase inicial dos sintomas, para evitar internações hospitalares e o agravamento da doença.
"No mês de julho retornamos ao perfil de atendimento original da Policlínica Metropolitana, que deixou de atender casos da Covid-19, por isso montamos uma estrutura Itinerante ao lado do Hangar para atender casos da doença. Há 60 dias, sabíamos que ainda não poderíamos interromper esse serviço. Devemos ter em mente que a doença não foi erradicada, o vírus continua circulando, mas hoje o cenário é outro, quando comparado aos números registrados nos meses de abril e maio", afirma a diretora executiva da Policlínica Metropolitana, Liliam Gomes.
PACIENTES
Regina Maura, 63 anos, apresentou perda de olfato, que é um dos sintomas da infecção pelo novo coronavírus, e buscou atendimento, no último dia de atividades, na Policlínica Itinerante do Hangar. "Fiquei feliz e satisfeita porque recebi um atendimento excelente, desde a triagem até a consulta com o médico. Eu sabia que o número de casos vem diminuindo, mas não tem quase ninguém aqui", ressaltou.
A técnica de enfermagem, Etiene Souza, também buscou atendimento na Policlínica do Hangar, acompanhada da mãe, Terezinha Oliveira. "O meu marido está hospitalizado por conta da doença e viemos mais por precaução, porque tivemos contato com ele. Foi uma benção o atendimento que recebi, todos nos atenderam com muita atenção e cuidado", afirma a técnica.
"As pessoas que apresentarem sintomas da doença devem procurar a retaguarda das redes de saúde municipais disponibilizadas através das UPAS e Prontos Socorros. Com um cenário mais favorável e calmo, com a queda dos números de casos, estamos encerrando as atividades dessa estratégia que serviu de suporte para os municípios paraenses, que são os responsáveis por esse tipo de atendimento", explica o secretário adjunto da Sespa.
HISTÓRICO
A Policlínica Metropolitana iniciou os atendimentos exclusivos para casos da Covid-19 no dia 21 de abril, quando as urgências e emergências das redes públicas e privadas de saúde apresentaram superlotação.
"Esse tipo de atendimento seguiu até 30 de junho, quando precisamos retomar à atuação do nosso perfil para atender a demanda represada, que envolve várias especialidades médicas para fins diagnósticos. No dia 1º de julho, enquanto iniciava o atendimento na Policlínica do Hangar, realizávamos a desinfecção do prédio da Poli Metropolitana e dia 02 de julho retornamos às atividades normais", relembra a Diretora Executiva.
"Em meados de maio, os números de casos nos interiores também foram aumentando e os municípios não tinham condições para atender toda a demanda. Foi quando tivemos a iniciativa de criar as Policlínicas Itinerantes. A estratégia garantiu atendimentos por todo o Pará, utilizando carretas, barcos, deslocamento aéreo, espaços de escolas. Chegamos em 89 municípios paraenses com os projetos itinerantes e em 56 bairros na capital", observa Sipriano Ferraz.
De acordo com o representante da Sespa, as estratégias criadas pelo Governo do Estado, voltadas para o enfrentamento da Covid-19, como os atendimentos das Policlínicas Metropolitana e Itinerante, são grandes cases de sucesso do Pará.
"Recebemos inúmeras solicitações de secretários de Saúde do Brasil inteiro que replicaram as nossas estratégias em outras cidades", conta.
"Devemos lembrar que estamos vencendo as batalhas, mas a guerra ainda não acabou. Não podemos nos descuidar. Não deixem de usar máscaras, não promovam aglomerações, mantenham as medidas de higiene. Todos precisam ter essa conscientização", alerta Sipriano Ferraz.
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