Quem nunca parou embaixo de uma árvore buscando abrigo em sua refrescante sombra, ou até mesmo apenas para ficar admirando sua beleza? Na “Cidade das Mangueias”, como também é conhecida a capital paraense, majestosas e centenárias árvores da espécie estão distribuídas por todos os cantos. Porém, a queda de uma árvore (ou parte delas), muitas vezes pela falta de cuidado, pode gerar grandes prejuízos e, até mesmo, pôr em risco a vida humana.
Na última sexta-feira (28), uma mangueira de aproximadamente 20 metros caiu na avenida Alcindo Cacela, esquina com a avenida Magalhães Barata, gerando transtorno no trânsito e prejuízos a proprietários de veículos. O vegetal de grande porte atingiu uma caçamba, carros, e destruiu uma bicicleta. Felizmente, todos os danos foram apenas materiais e ninguém ficou ferido.
Quem reside próximo a vias com maior número de árvores, além de contemplar toda a beleza, diz sentir receio com os riscos de acidentes. O fotógrafo Fábio Pina, 48 anos, mora há mais de 20 anos na avenida Braz de Aguiar, uma das mais arborizadas da cidade. Segundo ele, os cuidados deveriam ser mais frequentes para evitar novos acidentes. “Geralmente a prefeitura faz o serviço de poda umas duas vezes por ano, e acho que não é suficiente”, diz.
Ele que já presenciou acidentes envolvendo os vegetais conta que, às vezes, sente medo de andar pela cidade. “Já vi galhos grandes caírem em cima de carros e me assustei. Tenho receio de andar não somente aqui nesse perímetro que moro, mas por outras partes da cidade”, afirma. O fotógrafo acredita que os riscos se acentuam por conta de outras espécies de plantas que agem como parasitas, crescem nas copas das árvores deixando-as fracas.
Em uma rápida volta pela cidade, a equipe do DIÁRIO conseguiu registrar várias árvores que, aparentemente, apresentam riscos de quedas. Algumas estão com inclinação bastante acentuadas e outras totalmente secas. Na grande maioria, foi possível também notar a presença de “ervas daninha”, vegetais que crescem indesejavelmente retirando os nutrientes das outras árvores ou vegetação.
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A auxiliar de serviço gerais, Cleidiane Oliveira, 43, disse evita ficar embaixo de árvores que apresentam características de idade avançada, justamente por medo de ser atingida em uma possível queda. “Quando preciso andar aqui pelo centro ou ficar esperando ônibus, evito ficar embaixo dessas árvores que parecem mais velhas. Já presenciei muitas dessas quedas de árvore aqui pela cidade e é horrível”, conta.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a capital paraense possui em média 120 mil árvores. Entre as espécies mais comuns estão os Ipês, Pau Preto, Oitizeiros e Mangueiras, que juntas somam apenas 10% da arborização da cidade. A Semma informou que neste ano, até o presente momento, foram registradas sete quedas de árvores em vias públicas, sendo quatro delas mangueiras. Ainda em nota, a secretária disse que monitora a arborização da cidade diariamente, fazendo programação de podas, retiradas e equilíbrio de árvores.
A Semma ainda orienta as pessoas que é possível solicitar o serviço de podas do município entrando em contato com o Departamento de Áreas Verdes Públicas (DAVP) por meio do e-mail: [email protected].
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