Alguns tipos de pescado comercializados nos mercados municipais da capital paraense apresentaram recuo nos preços praticados no mês passado. De acordo com um levantamento efetuado em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) e a Secretaria Municipal de Economia, por outro lado, de janeiro a agosto deste ano, foi registrada uma alta de preços do produto, inclusive com reajustes acima da inflação estimada para o mesmo período,em torno de 1%.

Em agosto, as maiores quedas de preços foram constatadas em algumas espécies como o cachorro de padre, que apresentou recuo de 10,72%; seguidos do surubim, com queda de 8,39%; piramutaba, que reduziu 7,10%; tucunaré, que diminui em 6,20%; corvina com 4,84%; pacu, que reduziu 4,76%; a pescada branca, com a queda de 4,67%; a tainha com 3,86%; peixe pedra no percentual de 3,09%; camurim com o recuo de 2,78%; a pratiqueira, que reduziu 2,62%; pescada amarela reduziu em 2,14%; mapará em 1,92% eo peixe serra em 1,67%.

Outras espécies apresentaram aumento de preços, com destaque para a dourada, que registrou alta de 7,55%; seguidas do cangatá, com 7,53%; gurijuba (6,67%); uritinga (6,64%); curimatã (6,11%); cação (5,07%); bagre (4,31%); filhote (3,89%); pescada gó (3,69%) sarda (3,65%); tamuatá (3,45%); aracu (2,33%) ;a arraia(2,27%) e a traíra (1,87%).

PREFERÊNCIA

Embora os preços dos pescados estejam mais atrativos do que a carne bovina, há quem ainda prefira levar mesmo a carne. Uma dessas pessoas é a professora Lia Rodrigues, 64. Na casa dela, o prato principal é a carne e de uma a duas vezes por semana a proteína escolhida é o frango. “Peixe quase não compro. Como mais em restaurante, fora de casa. Dá trabalho para fazer. Fico com a carne, que está muito cara. Costumo comprar picadinho sem gordura e contra filé”, disse.

Já a aposentada Maria Helena Oliveira, 77, gosta de comer peixe fresco da feira. Mas confessa que a carne entra mais no cardápio por “render” mais. “O preço do peixe está equilibrado. A carne está pela misericórdia, muito cara. Como peixe uma vez por semana. A carne está cara, mas para alimentar uma família a carne rende mais”.

Na casa da pedagoga Marília Moraes, 48, o peixe só entra de 15 em 15 dias. “Depende de como está o peixe no supermercado. O que eu mais consumo é a dourada. Hoje estamos comendo mais carne bovina, suína e o frango. Mas reduzi muito o consumo de carne devido o preço, antes a gente comia quasetodos os dias”, afirmou.

Algumas espécies de pescado tiveram redução Foto: Octavio Cardoso

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