Uma pesquisa do IBGE mostrou que, um em cada quatro brasileiros, não possui acesso à internet. São 46 milhões de pessoas, em todo o Brasil, que na era digital informacional ainda vivem desconectadas da rede mundial de computadores. Para tentar mudar um pouco essa realidade, a Central Única de Favelas (Cufa) iniciou uma ação para realizar o cadastramento de mães de áreas periféricas que serão contempladas com chips contendo acesso ilimitado a internet, durante seis meses.
A ação de entrega do componente eletrônico é uma extensão do projeto “Mães da Favela”, que vem sendo realizado desde o início da pandemia, ajudando pessoas de baixa renda em toda a Região Metropolitana de Belém, e demais cidades do interior do Pará. Segundo o coordenador e voluntário da Cufa regional, Ronald Souza, o principal objetivo é levar a democratização do acesso à web. “Queremos possibilitar que essas mães tenham acesso à informação, e que seus filhos consigam também ter acesso à educação pela rede, podendo assim se preparar para vestibulares e assistir as aulas remotas do ensino básico”, disse.
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Em todo Estado, a Cufa espera alcançar à meta de quatro mil doações de chips, dando preferência às famílias já assistidas pelo projeto social. “Desde o início da pandemia a Cufa já vinha atendendo cerca de dez mil famílias. Então, a prioridade é essa que já são assistidas de alguma maneira pelo programa”, afirma o voluntário. Para ter acesso aos chips, às mães devem procurar os coordenadores que representam a rede dentro do seu bairro para fazer seu cadastramento.
Com os chips em mãos, além da conexão em si com a internet, as beneficiárias terão acesso ao WhatsApp e demais redes sociais de forma ilimitadas. Conteúdos educativos e materiais de empreendedorismo previamente selecionados por uma chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), também fazem parte do pacote de serviços doados.
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Quem é contemplado pelo benefício sabe da importância do acesso à internet em tempos atuais. Muito mais que oferecer a conexão de forma gratuita, o que se espera são mudanças de vida adquiridas pelos conhecimentos que a internet oferece. “Essa oportunidade significa muito para mim. Eu que tenho uma jovem de 15 anos em casa sei da necessidade desse suporte para os estudos dela”, disse Maria Tânia, 50.
A autônoma que reside no distrito de Icoaraci contou que já passou por momentos difíceis por conta da falta de acesso a web. “Teve um tempo que me desesperei por não ter tido condições de comprar crédito para que ela fizesse os trabalhos das escolas nesse período de aulas on-line. Então esse chip é muito importante em nossa vida, e com certeza de outras tantas famílias que vão receber também essa internet”, diz a beneficiária.
Os interessados em fazer doações para as famílias assistidas pela sede da Cufa, em Belém, ou se tornar um voluntário do projeto, podem entrar em contato através do perfil facebook/cufapara ou pelo instagram @cufapara.
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