
Com a alta nos preços do quilo do feijão e do arroz, tem sido cada vez mais difícil manter o consumo contínuo dessa dupla bem brasileira, que agrega nutrientes importantes para o organismo humano. De um lado temos o feijão, uma leguminosa rica em nutrientes como proteínas, ferro e fibras. Já o arroz é rico em carboidratos, principais fontes de energia para o corpo. Para não pesar no bolso, é possível manter a nutrição em dia fazendo algumas alterações no cardápio cotidiano.
A nutricionista Carolina Sales explicou que uma alimentação saudável precisa ter macronutrientes, que são os carboidratos, representados pelos cereais e alguns grãos como o arroz. As proteínas são alimentos construtores importantes, como as carnes, queijos, laticínios e algumas leguminosas como o feijão. Existe ainda o grupo das gorduras, formado por alguns óleos e oleaginosos como a castanha. Basicamente esses três grupos alimentares precisam estar presentes na nossa alimentação.
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A substituição do arroz é bem mais viável do que fazer a troca do feijão. De acordo com a nutricionista, é possível substituir esse grão por um outro alimento que pertença ao mesmo grupo, que seja fonte de carboidrato e de energia. “Por exemplo, temos as farinhas, macarrão, batatas, a própria macaxeira pode ser um substituto do arroz. É bom analisar a tabela de safra para saber quais desses itens são realmente mais em conta e daí você consegue substituir o arroz na refeição”, pontuou.
Já o feijão pode ser substituído por outra leguminosa, que pertence ao mesmo grupo dele. Temos a soja, grão de bico, ervilha e lentilha. Mas, considerando o contexto atual, a leguminosa mais em conta que existe hoje no mercado continua sendo o feijão. A lentilha é mais cara, assim como o grão de bico. “Mesmo com o aumento eu não vou conseguir substituir o feijão na sua totalidade. Temos as fontes de proteína animal, que são as carnes. Porém as carnes são proteínas de baixo rendimento, ao contrário do feijão. Um quilo de feijão você faz muito feijão”, ressaltou.
A saída é tentar agregar volume e, também, nutrientes ao preparo do feijão, cozinhando a leguminosa com legumes, por exemplo. “Posso usar carnes desfiadas e fazer bolinhos utilizando leguminosas como a ervilha, talvez seja uma boa opção para substituir o feijão. Outra alternativa é aumentar o rendimento do próprio feijão, acrescentando uma batata, uma cenoura, a couve com talo mesmo, aproveitando os alimentos. E também é uma forma de economizar”.
ÓLEO
Por ser um tipo de gordura, Carolina alerta que é preciso tentar consumir o óleo sempre com moderação, o que já garante uma economia. “O mais recomendado é você ver qual óleo está mais em conta e utilizá-lo com moderação. Existe uma recomendação limitada para o uso de óleo. É um item da cesta que deve ter uma boa durabilidade. Uma garrafa devia durar um mês na casa de uma família”, disse.
O leite é uma fonte de proteína e de cálcio principalmente. Segundo a nutricionista, é possível obter o cálcio em alguns alimentos de origem vegetal, como a couve, o gergelim, alguns grãos e cerais. “Porém teríamos que consumir em volume maior. O composto lácteo, que é um produto parecido com o leite, não oferece os mesmos nutrientes. Mas o leite é opcional. Você pode ingerir outras fontes de cálcio durante o dia”.
Mesmo com a alta dos principais produtos da alimentação, enquanto consumidora a nutricionista Jéssica Gripp, 29, não dispensa essa combinação. “A gente mantém o feijão com o arroz pela preferência mesmo. Às vezes variamos com o arroz integral ou branco. Subiu muito o preço. Geralmente gasto R$ 700 por mês, sendo que toda semana tem que comprar fruta, verdura e carne. Ou seja, chega a quase R$ 1 mil. Pelo valor, as pessoas têm uma certa dificuldade de manter uma boa alimentação”.

Já na casa da economista Ana Lucia Lisboa, 58, entram pouco feijão e arroz, uma vez que a família dá preferência ao consumo de saladas e proteína. Já o consumo do leite é elevado. “Temos costume de cortar carboidrato e como pouco feijão também. A gente come mais frutas, leite e mingau de aveia. Gastamos em torno de R$ 1 mil por mês só com alimentação. O que gerou muita diferença foi o leite, porque a gente consome bastante. Mas estamos comprando o mais em conta”.
Serviço
- Arroz
A substituição do arroz é bem mais viável do que fazer a troca do feijão. De acordo com a nutricionista Carolina Sales, é possível substituir esse grão por um outro alimento que pertença ao mesmo grupo, que seja fonte de carboidrato e de energia.
- Feijão
O feijão pode ser substituído por outra leguminosa, que pertence ao mesmo grupo dele. Temos a soja, grão de bico, ervilha e lentilha.
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