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Morre no Pará mulher considerada uma das mais velhas do mundo

Filomena alcançou os 117 anos e morreu em Marabá no aconchego de filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

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Imagem ilustrativa da notícia Morre no Pará mulher considerada uma das mais velhas do mundo camera A idosa tinha dois filhos-netos, 5 bisnetos e 16 tataranetos. | Reprodução/ Arquivo Pessoal

A centenária Maria Filomena da Silva Costa, de 117 anos, a mulher mais velha de Marabá e uma das mais velhas do Pará, descansou ás 16h30 desta quinta-feira (24). Ela morava em sua chácara que fica no Km 8 da PA-150, bem perto de Morada Nova. Segundo os familiares, Filomena faleceu de causas naturais. O enterro será hoje, sexta-feira, às 16 horas, no Cemitério São Miguel, na Marabá Pioneira.

Além de Maria Filomena, uma outra paraense figura na lista de maior longevidade e pode ser a mulher mais velha do mundo.

“Ela não estava doente. Foi ficando fraquinha, perdeu movimento das pernas primeiro, depois um braço também atrofiou”, contou a filha-neta Josefina da Silva Cruz, orgulhosa da idade da mulher que a criou. A idosa tinha dois filhos-netos, 5 bisnetos e 16 tataranetos.

Morre no Pará mulher considerada uma das mais velhas do mundo
📷 |Reprodução/ Arquivo Pessoal

Para quem duvidar de sua idade, a certidão de casamento a mulher foi publicada pelos familiares o livro com a data do registro de seu casamento que foi às 17 horas do dia 9 de outubro de 1937. Nesta data, Filomena estava com 33 anos, como confirma o cartório e teve como padrinho o prefeito Antônio Vilhena de Souza e o matrimônio foi presidido pelo juiz suplente Manoel Domingues. Assim, uma conta matemática simples nos leva ao ano de 1904, data de seu nascimento.

Morre no Pará mulher considerada uma das mais velhas do mundo
📷 |Reprodução/ Arquivo Pessoal

Ela era filha de Ana da Silva e Osório Aires Medeiros, tendo nascido em Carolina-MA. Com menos de um ano de idade veio com a mãe para Marabá, porque o pai não quis assumir a sua paternidade. Aqui, Ana da Silva trabalhou como cozinheira. Seu pai era tio do saudoso médico Demóstenes Ayres de Azevedo, que também era de Carolina e que veio exercer a medicina em Marabá.

Seu casamento em 1937 foi com Ismael da Costa, que trabalhava como carpinteiro. Ele faleceu ainda na primeira metade do século passado e Filomena, então, casou-se novamente, com José Rodrigues Neto.

Em 1968, Maria Filomena abandonou a cidade junto com o marido e foi morar na chácara onde residiu até o dia de sua morte. Era no meio da floresta densa, depois de Morada Nova, uma comunidade que ninguém imaginava ainda que existiria. A PA-150 estava apenas no papel.

O casal viveu ali quase meio século de vida juntos. O marido faleceu em 2017.

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