Estudos da Seguradora Líder, que administra o consórcio que
dirige o seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via
Terrestre (DPVAT), apontam que nos oito primeiros meses do ano, o Pará
registrou 1.756 acidentes de trânsito a menos, em relação ao mesmo período do
ano passado. Ao todo, foram 7.481 ocorrências este ano, contra as 9.237 em
2019, o que equivale a redução de 19%. Esse percentual se assemelha à mesma
projeção em nível nacional, quando a redução também foi de 19%, que deve se
manter nesse mesmo percentual até o final deste ano.
O estudo aponta também dados referentes às pessoas ou
famílias que conseguiram o pagamento das indenizações do seguro DPVAT, no Pará,
também relacionados aos oito primeiros meses de 2020 e em comparação ao mesmo
período de 2019. Este ano, dos 7.481 acidentes registrados no Estado, 7.199
conseguiram ser indenizados, o que representa a queda de 4% em relação ao
número de indenizações pagas no mesmo período do ano passado, quando 6.914
conseguiram receber o benefício.
TIPOS
Em relação ao perfil dos acidentes em que os envolvidos
conseguiram ser indenizados no Estado, o estudo informa que 63% dos pagamentos
estão relacionados às vítimas que sofreram alguma sequela, 14% foram destinados
ao reembolso de despesas médica e outros 13% foram pagas aos familiares que
tiveram parentes mortos oriundos desses acidentes de trânsito.
Além disso, entre os tipos de vítimas desses acidentes, 67%
das indenizações do seguro DPVAT foram pagas aos próprios condutores, 17% dos
pagamentos foram destinados aos pedestres que foram atingidos por veículos
automotores e 16% dos que conseguiram o benefício correspondem aos passageiros
que estavam nos veículos envolvidos.
Relacionado aos tipos de veículos, os acidentes que envolvem
motocicletas são os que registram o maior número de pessoas que conseguiram o
seguro nestes oito primeiros meses do ano, com 88% do número total de casos. Os
automóveis são responsáveis por apenas 7% das pessoas que conseguiram receber o
benefício.
SAÚDE
Mais de 283,5 mil acidentes de trânsito registrados em
rodovias brasileiras, nos últimos cinco anos, tiveram como causa principal ou
secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento
da ocorrência. Esse volume de colisões, capotamentos e outros desastres deixou
247.475 feridos e 14.551 mortos. A informação faz parte de levantamento
realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base
no levantamento de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entre janeiro de
2014 e julho de 2020.
Segundo a associação, a falta de atenção ao volante pode ser consequência de situações clínicas como fadiga, stress, cansaço, déficit de atenção ou comprometimento do raciocínio e responde por 215.401 dos acidentes catalogados, ou seja, 76% do total registrado no período e que podem estar relacionados à saúde do motorista. Apenas essa categoria responde por 182.288 (74%) feridos e 9.047 (62%) mortes. Na sequência, vem a ingestão de bebida alcoólica. Entre 2014 e julho de 2020, foram registrados pela PRF 40.268 acidentes nas rodovias onde esse fator foi considerado uma das causas. Do volume de colisões, foram contabilizadas 36.999 vítimas com ferimentos leves ou graves e 2.679 óbitos. (Com informações da Agência Brasil).
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