Em janeiro deste ano, o DIÁRIO mostrou a situação de abandono que está um dos principais monumentos em homenagem a um líder político do estado do Pará. Oito meses depois, a Praça da Leitura, onde está localizado o famoso monumento do”Chapéu do Barata”, resiste ao tempo, mas com descaso da administração municipal, como ocorre com outros espaços da capital.

Do início do ano para cá, o cenário continua praticamente o mesmo: abandono, muita sujeira, mato se espalhando pelas áreas comuns, grades deterioradas e muitos moradores de rua, incluindo usuários de droga, que, vez ou outra, praticam pequenos furtos, como relatam algumas pessoas que passam por ali diariamente. A guarita da Guarda Municipal, que deveria dar segurança ao local, já foi inclusive removida do espaço.

“Está faltando mais segurança aqui nesta área. Não é difícil ver cenas de pessoas sendo furtadas. Já presenciei alguns desses usuários entrando na estação, se passando por passageiro para puxar relógio, cordão e sair correndo”, relata o eletricista Raimundo Souza, 50 anos. A autônoma Raimunda Santos, 39, reforça esse temor e diz que dificilmente encara a travessia da praça ao se dirigir para o terminal do BRT.

A guarita da Guarda Municipal, da Praça da Leitura, foi removida do espaço.
📷 A guarita da Guarda Municipal, da Praça da Leitura, foi removida do espaço. |Fernando Araújo

“A gente fica triste em ver que essa praça está suja, maltratada e malconservada. Eu não me sinto segura de passar aqui em certos horários, incluindo agora. Acho que ela deveria receber maior atenção do prefeito”, avisa. Durante a reportagem, foi difícil fazer registros do local, porque no primeiro momento a praça estava sem segurança e moradores de rua ficavam incomodados com a presença da equipe.

MONUMENTO

De acordo com o site “Monumentos de Belém”, gerido pela Ufpa, o memorial foi construído para comemorar o centenário de nascimento do ex-governador do Pará Magalhães Barata. A pedra fundamental foi lançada em 18 de junho de 1988 e inaugurado em 19 de abril de 1989.O projeto pertence aos arquitetos Raul Ventura Filho, Luis Ferreira e Stélio Santa Rosa. De acordo com o texto sobre o espaço, “O memorial é uma edificação circular que representa o próprio Magalhães Barata através de seu capacete, que utilizava por mais de 20 anos de governo, de 1930 a 1956”, informa.

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