Depois de 28 anos, foi a primeira vez que a missa que ocorria em frente à Catedral de Belém foi realizada na parte de dentro do templo. Pouco mais de 100 pessoas, entre membros da Diretoria da Festa, do clero e de auxiliares puderam acompanhar a celebração presidida por Dom Alberto Taveira, na presença da Imagem Peregrina de Nossa senhora de Nazaré. Mas após encerramento, o arcebispo de Belém decidiu quebrar o protocolo previsto e levou a imagem para perto dos fiéis, que desde cedo, aguardavam por uma oportunidade de ver ao menos de longe, a padroeira dos paraenses.
O arcebispo iniciou a missa falando dos desafios enfrentados pela Igreja neste Círio. “É uma dificuldade ter que isolar a Catedral nesse momento, porque é o povo que faz o Círio, por isso quero saudar aqueles que estão lá fora”, disse.
Durante a homilia, ele destacou a importância do Círio como luz para iluminar a fé e lembrou dos aprendizados que serão deixados este ano. “Desejo que este Círio seja consolo para esse quadro doloroso pelo qual a sociedade passa”, destacou.
BÊNÇÃO
Ao final da celebração, o arcebispo saiu em carro aberto com a imagem peregrina nos braços para uma volta ao redor da Praça Frei Caetano Brandão, com uma parada na lateral da Igreja de Santo Alexandre, de onde abençoou a população presente. “Assim que cheguei senti que essa multidão presente gritava por alguma coisa a mais, que estava fora do programa”, disse.
Ele ressaltou que a ideia [de levar a imagem para abençoar os fiéis] também partiu da Diretoria da Festa. “Sabemos que o povo faz o Círio e vimos como a Igreja foi respeitosa com todas as normas, por isso nos sentimos na liberdade de dar essa alegria ao povo,
da bênção da imagem de Nossa Senhora, e tenho certeza de que toda a caminhada feita pelo povo nas ruas no dia de hoje, será feita de forma muito pacífica e muito piedosa”, acrescentou.
Sobre a missa dentro da Catedral, apesar de ter sido um momento especial como todos os anos, o arcebispo espera que ano que vem tudo possa voltar ao normal. “Espero que ano que vem estejamos do lado de fora celebrando essa missa, celebrando o Círio da forma costumeira, a cada ano melhor”, enfatizou.
Para ele, o fato da imagem ter sido levada até próximo aos devotos, não foi uma quebra de regra. “O nosso protocolo é celebrar o Círio, então não quebrei protocolo algum, criei um protocolo nosso, porque esse era o sonho de todo mundo aqui e Deus deu essa graça para todos nós”, garantiu.
O arcebispo fez questão ainda de deixar uma mensagem especial aos devotos de Nossa Senhora. “Desejo que todos vivam de verdade o Círio, talvez mais até do que nos anos anteriores, porque desta vez, ele depende de todos nós, porque cada um constrói o Círio, cada coração é uma berlinda, cada casa é uma berlinda, cada paróquia é uma berlinda e o convite é para que todos estejam em suas paróquias”, recomendou.
Em seguida, a imagem peregrina foi conduzida de carro até o Portal da Amazônia, de onde saiu para um sobrevoo pela cidade, abençoando o povo paraense do alto.
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