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AMOR DE PATAS

Abrigos oferecem cuidados a animais que esperam lar definitivo

Abrigos que resgatam ou recebem animais, vítimas de maus-tratos, como cães e gatos, em Belém, oferecem todos os cuidados necessários aos bichinhos, mas vivem na expectativa de que eles encontrem uma família

Imagem ilustrativa da notícia Abrigos oferecem cuidados a animais que esperam lar definitivo camera Elizabeth Pires cuida de pets no Peludinhos da UFPA, que ela criou | Mauro Ângelo

O abrigo de animais, embora seja um local que ofereça proteção e cuidados, deve ser algo temporário. É o que afirma a protetora e fundadora do projeto Peludinhos da UFPA, Elizabeth Pires. “Nós fazemos com que os abrigos sejam um lugar de felicidade, no qual os bichinhos possam brincar e viver bem, mas não deve ser um espaço permanente para eles. Tirá-los de uma situação de risco e, consequentemente, oferecer um lar significa dar todas as condições ideais para que vivam saudáveis e tenham um tempo de vida inerente à sua espécie”, diz.

Atualmente, cerca de 70 animais vivem no abrigo e, aproximadamente 180 residem dentro da universidade. Em setembro deste ano foram realizadas 21 adoções de filhotes e, em outubro, cerca de cinco animais ganharam um novo lar, segundo a professora.

Às famílias interessadas em adotar, a protetora de animais sempre alerta para alguns fatores, dentre eles, as características do animal. “Certamente, alguns são mais agitados, outros menos. É importante, no entanto, durante o processo de convivência, que se aprenda a ler o animal e vice-versa. Assim, o tutor o educa para um melhor convívio, o que é algo fantástico, já que um bichinho enche a casa de alegria”, frisa.

A rotina do adotante também é outro ponto a ser considerado. Afinal, o animal precisa de atenção para que não haja o abandono emocional dentro de casa, ou seja, para que ele não se torne um ser invisível no próprio lar. “É fundamental conversar, fazer atividades, brincar. Não basta apenas cuidar com água e alimento. Os cuidados emocionais são essenciais. Vale lembrar que os animais são totalmente adaptáveis à vida humana e o adotante pode escolher aquele que seja mais compatível à sua energia e rotina”, acrescenta a protetora.

Todas as adoções são cuidadosamente monitoradas. Este cuidado é essencial para que os animais não sejam maltratados ou abandonados novamente. “Realizamos uma entrevista com o adotante, que precisa ter mais de 21 anos, além de apresentar documentos como RG, CPF e título de eleitor. Isso facilita muito para sabermos com quem o animal está indo, já que tivemos muitos casos de pessoas que, após alguns dias com o animal dentro de casa, resolveram devolver ou até mesmo oferecer em site de compra e venda”, contou a protetora e fundadora do Au Family, Raquel Viana.

No local, cerca de 900 animais, entre cães e gatos, aguardam um novo lar. A apresentação de renda também é algo que já está sendo estudado pelo abrigo dos Peludinhos da UFPA, já que, de acordo com Elizabeth, os tutores precisam compreender que um animal também gera despesas. “Os abrigos são extremamente necessários, uma vez que temos ausência de políticas públicas voltadas para o abandono de animais. Ou seja, acabamos assumindo um papel do poder público”, defende Raquel.

GASTOS

Além da atuação, ela pondera os custos com a manutenção do abrigo e os cuidados alimentares, de saúde e higiene animal. “Não oferecemos qualquer ração aos cães e gatos, pois isso ocasiona problemas de saúde elevando o custo com a sua recuperação. Utilizamos, geralmente, apenas dois tipos de marca. Além, é claro, da necessidade de materiais de limpeza como água sanitária, detergente, cloro em gel, toalhas. Muitos desses itens são extremamente importantes para nós e, certamente, para a saúde de todos eles, que já passaram por tantos maus-tratos nas ruas e agora só querem carinho e amor de uma família”, diz.

Além de agressões físicas ou abandono, levar um bichinho para casa e mantê-lo em quintais, preso a correntes, coleiras ou cordas, desprotegido contra o sol, chuva ou frio, submetê-lo a tarefas exaustivas ou deixá-lo em espaços pequenos e sem o cuidado com a higiene são algumas das atitudes que configuram maus-tratos.

Recentemente, com o objetivo de frear essas atitudes, foi sancionada a Lei Federal 1.095/2019 que aumenta a punição para quem praticar atos de abuso, mutilar ou ferir animais. A prática será punida com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição da guarda. A lei também prevê punição a estabelecimentos comerciais e rurais que facilitarem o crime contra animais.

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