Com objetivo de potencializar o escoamento da produção local
e melhorar a mobilidade na região, o governador do Estado, Helder Barbalho,
entregou ontem a ponte sobre o rio Acará-Miri, em Tomé-Açu, nordeste paraense.
Em homenagem à colônia japonesa que ajudou a construir o município, a ponte
ganhou o nome de “Imigrantes” e já teve seu tráfego aberto.
A estrutura, que fica na rodovia PA-151, foi reconstruída
após desmoronamento em 30 de julho deste ano. Moradores, agricultores,
empresários e autoridades locais, participaram da cerimônia de entrega da nova
estrutura, que vai beneficiar mais de 65 mil habitantes da cidade. “Temos uma
grande satisfação em entregar essa obra à população em 90 dias. A queda da
ponte trouxe muitos transtornos, e seguramente, devolvendo o tráfego a vida das
pessoas fica melhor e essa é a nossa obrigação. O Governo tem trabalhado
incansavelmente para que o Estado possa crescer e se desenvolver e aqui em
Tomé-Açu não foi diferente. Só lembrando que nos próximos dias vamos iniciar as
obras da PA-256 que vai interligar Tomé-Açu a Paragominas”, destacou Helder,
que também homenageou os operários que trabalharam durante as obras.
A ponte, que ganhou uma estrutura metálica, com 30 metros de
extensão, foi anexada à parte remanescente da cabeceira. O espaço também ganhou
12 novos pilares e, ainda, a construção de um bloco e reforço de outro
remanescente da antiga cabeceira. Agora, a nova travessa da ponte, que antes do
desmoronamento tinha 106 metros, passou a ter 135.
Foram feitos ainda serviços de guarda-corpo e sinalização
horizontal e vertical.
“É uma ponte que vai integrar a região do rio Capim e que
faz diferença na vida das pessoas, dando mobilidade para escoamento da produção
ou pelas pessoas que estão sendo socorridas pela questão da saúde. Representa
uma transformação na vida das pessoas” destacou o titular da Secretaria de
Estado de Transportes (Setran), Adler Silveira.
A ponte sobre o rio Acará-Miri fica no centro de Tomé-Açu e,
para garantir a mobilidade no período em que esteve em obras, a Setran
disponibilizou, gratuitamente, a travessia por balsa, das 6h às 20h.
Como alternativa terrestre, a Setran também fez manutenção e
conservação da Vicinal Mariquita, com reparo em uma ponte e construção total de
outra ponte de madeira.
Para o agricultor Francisco de Assis Gomes, 40, morador de
Tomé-Açu, a nova ponte vai trazer desenvolvimento e facilitar o escoamento de
produção. “Vai nos ajudar bastante, melhorou 100%, estou muito feliz com essa
ponte. Eu trabalho com açaí e farinha vendendo para locais próximos de
Tomé-Açu, então essa ponte vai me ajudar bastante nas vendas”, disse.
Já o comerciante João Oliveira Rodrigues, que também mora na
região, destacou a melhoria da mobilidade no município. “Moro na comunidade da
Portelinha, um local carente, e sempre venho em Tomé-Açu resolver as coisas, ir
ao banco, no médico, e sem a ponte estava bastante complicado para atravessar,
mas agora vai melhorar. O governo está de parabéns e o município também”,
contou.
AÇÕES
Além da ponte Imigrantes, a Setran tem outras obras na
região do rio Capim. Uma delas é a construção da PA-252, que está em obras nos
seus últimos quilômetros. Entre as obras que ocorrem para garantir a
infraestrutura de transporte na região do Rio Capim estão a construção e
pavimentação da rodovia Perna Leste, entre a Alça Viária e da PA-140;
conservação e manutenção da PA-318, entre a PA-136 e o distrito de Marudá, em
Marapanim.
A Setran está em fase de contratação de serviços para a
construção e pavimentação da PA-256. No total, serão mais de R$ 250 milhões
para garantir trafegabilidade em 150 km da PA-256, que é uma das rodovias mais
extensas do Pará, com mais de 360 quilômetros, fazendo ligação de Mocajuba,
Moju, Tailândia, Tomé-Açu e Paragominas, cortando mais seis rodovias em toda a
sua extensão.
Está prevista ainda na região a construção de 18 pontes em
concreto armado e de dois postos de fiscalização de controle de peso.
Agricultura economia
local
Tomé-Açu fica a 220 quilômetros de Belém, na região de
integração do Rio Capim, e possui cerca de 65 mil habitantes.
É conhecida como a cidade da pimenta do reino, mas tem se
destacado na produção de frutas como o cacau.
O município possui a maior colônia japonesa do Estado, que cresceu diretamente ligada às atividades da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), e hoje alcança cerca de dez mil pessoas.
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