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Consumo de álcool tem diminuído no Pará

Estudo mostra que entre a população adulta do estado, a ingestão semanal de álcool caiu de 18,6% em 2013 para 17,3% em 2019, ano do levantamento.

Imagem ilustrativa da notícia Consumo de álcool tem diminuído no Pará camera Houve queda no consumo semanal e mensal no Estado | Marcelo Camargo/Arquivo Ag Brasil

O consumo de bebidas alcoólicas entre os paraenses vem caindo. Pelo menos é o que aponta da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em convênio com o Ministério da Saúde e divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostrou que entre a população adulta do estado, a ingestão semanal de álcool caiu de 18,6% em 2013 para 17,3% em 2019, ano do levantamento. Já em relação ao consumo mensal, saiu de 21,4% (2013) para 20,7% (2019). Enquanto isso, a média nacional no mesmo período comparativo saltou de 26% para 30%, com destaque para o aumento do consumo entre as mulheres que cresceu 4,1% saindo de 12,9% a 17%, enquanto que entre os homens, caiu de 37,1% para 36,3%.

Outro dado da pesquisa apresentada que chama atenção é que a região Norte apresentou o maior percentual - 23,4% - de brasileiros que dirigem depois de ingerir bebidas alcoólicas. No Sul do Brasil, por exemplo, esse índice ficou em 14,8%. Este percentual, para o Brasil, foi de 17%, o equivalente a 7,2 milhões de pessoas. Para o psiquiatra André Luiz Rodrigues, mesmo com a queda no consumo registrada no Pará, o hábito de ingerir bebida alcoólica entre a população continua sendo uma preocupação, porque não há percentual de consumo considerado seguro. “Isso não existe, até há uma recomendação de consumo de vinho por dia, mas com finalidades cardiovasculares, mas no caso da saúde mental o uso do álcool pode ser nocivo, por isso o melhor é evitar”, ressalta.

Além disso, não há como prevê quais são as pessoas que ao consumirem álcool se tornarão dependentes dele. “O que existem são algumas características genéticas herdadas, que mostram maior tolerância a bebida. Já outras estão mais predispostas à dependência, como aquelas que já têm um histórico na família, de pai, mãe, avós dependentes. Mas de maneira geral, não consideramos tanto isso porque a dependência do álcool pode ocorrer em qualquer perfil”, garante.

Outra questão, segundo o médico, é que o álcool costuma a atingir ao sexo masculino e feminino de forma diferente. “Os efeitos químicos da bebida tendem a ser mais intensos nas mulheres, porque por questões fisiológicas, elas precisam de uma quantidade menor para que os prejuízos à saúde ocorram, mas de modo geral podemos dizer que ele é prejudicial a ambos os sexos”, explica.

Apesar de se instalar de forma lenta, ao contrário de outras drogas, com o álcool isso pode levar alguns anos. “Em média até cinco anos, mas isso não quer dizer que a aquela pessoa que beba apenas aos finais de semana não corra o risco de se tornar um dependente. Isso é mito”, diz.

A velocidade com o que vício se instalada depende de uma série de fatores, entre eles, o tipo de bebida ingerida. A cerveja, por exemplo, tem teor alcoólico de 1,5% a 15%, enquanto a cachaça vai de 38% a 48%. Mas uma vez instalada a dependência, os prejuízos causados à saúde são inúmeros. Do ponto de vista físico podem ir desde problemas gastrointestinais, inflamações de bexiga, estômago, fígado, perda de memória, entre outros. “Já do ponto de vista mental o consumo de bebidas alcoólicas pode levar a depressão, ansiedade, surtos de bipolaridade e síndrome de Korsakoff (caracterizada por confusão mental, perda de coordenação muscular e tremores, alteração da visão, entre outras)”, cita.

Para o médico um dos principais entraves para a prevenção e tratamento do dependente de álcool continua sendo o fato dele ser uma droga lícita. “A nossa cultura acaba favorecendo o uso do álcool, porque ninguém costuma ser discriminado porque bebe, pelo contrário, muitas vezes as pessoas, inclusive o jovem é até incentivado a consumir, diferente do que ocorre com outras drogas”, compara.

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