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ATENÇÃO

Chuvas costumam atrair insetos e animais perigosos para casa

Com ruas e canais alagados, bichos podem entrar na residência sem serem notados. Atenção precisa ser redobrada.

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Imagem ilustrativa da notícia Chuvas costumam atrair insetos e animais perigosos para casa camera Temporal que caiu no meio da noite, em Belém, alagou novamente várias ruas e trouxe dor de cabeça para motoristas e moradores | Celso Rodrigues

A temporada de chuva chegou em Belém e os transtornos causados por ela não se limitam apenas aos alagamentos. Nesse período chuvoso, animais como barata e rato são presença constante nas residências. Mas há o perigo também de bichos peçonhentos, que oferecem riscos por serem venenosos.

De acordo com a professora de zoologia Andréa Bezerra, a “invasão” destes animais se dá pelos alagamentos, que também inundam os abrigos dos habitats natural deles. “São os animais sinantrópicos, que são aqueles que se adaptam a conviver junto às pessoas como baratas, ratos e até os peçonhentos como aranhas, escorpiões e centopeias. Ainda mais que eles estão em busca de abrigo secos”, diz a professora.

Ainda de acordo com a professora, essa situação pode provocar riscos de acidentes domésticos e até infecciosos por esses animais. “Principalmente os animais peçonhentos que costumam se abrigar dentro de sapatos e roupas, trazendo riscos para a pessoa, que pode ser picada ao ter que usar esses objetos. Em relação aos não peçonhentos, os riscos são de doenças como a leptospirose e hepatite, transmitidas pelo rato e barata”, completa a professora.

Nesses casos, a professora aconselha a devida atenção das pessoas ao calçar os sapatos, abrir o guarda-roupas e, em caso de ser atacado por um destes animais, buscar ajuda rapidamente. “Essa atenção é importante porque nesse período chuvoso é certo a presença desses animais. Em caso de ser picado, o médico tem que ser procurado para que não tenha maiores complicações”, aconselha Andréa Bezerra.

A professora também chama atenção para casos em que os alagamentos arrastam animais para áreas urbanas da cidade, como cobras e até jacarés. “Esses fatos são comuns devido as áreas de mata perto do perímetro urbano. Nesses casos vemos a atitude de pessoas que até matam o animal, por não reconhecerem o papel biológico deles. Por isso, em vez desses ataques, é necessário preservar o animal com cuidado e chamar os órgãos capacitados para fazer o resgate”, conclui. Ao encontrar um animal, é preciso se afastar e chamar o Corpo de Bombeiros ou o Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar (BPA).

Domingo de chuva e transtorno na capital

A falta de estrutura de Belém não é evidente apenas na periferia, mas também na área nobre da cidade. Na chuva que caiu na noite de ontem (22), a avenida Duque de Caxias, nas proximidades da Dr. Freitas, e a João Paulo II, esquina com a travessa Augustura, tiveram o trânsito parado e deixaram motoristas com prejuízo devido ao alagamento.

Canal completamente alagado, um perigo para quem mora próximo
📷 Canal completamente alagado, um perigo para quem mora próximo |Celso Rodrigues

Na avenida Duque de Caxias, no sentido do Hangar, no bairro do Marco, o asfalto ficou completamente alagado, o que motivou motoristas a voltarem em contramão e motociclistas a trafegarem pela calçada.

Na João Paulo II, o alagamento não foi apenas no tradicional trecho que corresponde ao bairro do Curió-Utinga, mas se estendeu ao bairro do Marco, esquina com a travessa Angustura. No local, até ônibus não se arriscaram à ultrapassar o alagamento, com medo de ficarem ilhados. Mas, a áreas periféricas também foram atingidas pela chuva. O canal da Pirajá, no bairro da Pedreira, por exemplo, transbordou e impossibilitou o tráfego de carros e os moradores da área tinham que meter o pé na água suja ou se arriscar a passar pela mureta de proteção para chegar em suas casas. A passagem Gaspar Dutra, no bairro do Curió-Utinga, ficou parecendo um rio. Moradores contam que as ruas paralelas receberam obras, menos a passagem, que não tem para onde escoar a chuva.

O mesmo aconteceu na avenida Celso Malcher, na Terra Firme, que completamente alagada os carros davam meia volta e apenas os ônibus que alimentam o bairro se arriscavam para atravessar e chegar ao final da linha. “A Terra Firme alaga quando a chuva é fraca, imagina numa chuva forte como essa”, declarou Railana Neves, 29 anos, moradora do local.

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