O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) exonerou 210 servidores municipais faltando um mês para ele concluir o mandato como prefeito de Belém. As demissões pegaram de surpresa os trabalhadores, às vésperas do período natalino. Eles acreditavam que os desligamentos iriam ocorrer somente quando o próximo gestor municipal assumisse o cargo, a partir de 1º de janeiro do ano que vem, e montasse a sua própria equipe de trabalho. Somente na Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) 49 funcionários temporários foram desligados de uma só vez, mesmo a sociedade ainda enfrentando um cenário de pandemia de covid-19.
A lista com os nomes dos demitidos foi anexada junto ao decreto nº 97.894, publicado na última segunda-feira (30), no Diário Oficial do Município. O documento entrou em vigor no último dia 1º. Assinam o decreto o prefeito Zenaldo Coutinho e seu secretário municipal de Administração, Roberto Amoras.
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No geral, a maioria dos exonerados atuava como assessor superior. Todavia, a prefeitura também desligou trabalhadores que atuavam na administração de mercados e feiras, além de chefes, coordenadores e diretores de diversos departamentos da Administração Municipal.
A lista de exonerações repercutiu de forma negativa entre os próprios membros da administração de Zenaldo Coutinho. Nos grupos de WhatsApp que reúne servidores temporários e concursados da prefeitura as críticas têm sido ferozes. “Todo mundo sendo exonerado da prefeitura no mês de dezembro, em um ano atípico de pandemia. Enquanto em outros governos isso acontece na nova administração”, comentou um servidor, que teve a identidade preservada.
Num dos grupos com servidores da Secretaria Municipal de Finanças, os trabalhadores consideraram as exonerações uma arbitrariedade do prefeito Zenaldo. “30 funcionários da Sefin foram demitidos no mesmo dia em começa a campanha de descontos para o pagamento de tributos atrasados”, disse um servidor. “Zenaldo está despachando todo mundo e isso tem afetado os serviços básicos ao cidadão”, frisou outro.
O DIÁRIO solicitou um posicionamento da prefeitura. Até o fechamento desta edição não teve resposta.