Um pedreiro de 29 anos ligou para a Polícia Militar afirmando que havia matado a esposa, de 26 anos, e a filha do casal, uma criança de 5 anos, por volta das 6h desta sexta-feira (11) em Osasco (Grande SP). Em depoimento, ele alegou estar sob efeito de drogas quando discutiu com a companheira. A defesa dele não havia sido localizada até a publicação desta reportagem.
Policiais afirmaram em depoimento que receberam uma ligação do pedreiro Luiz Fernando Felipe Melo, na qual ele teria afirmado ter cometido um duplo assassinato. Ele teria dito que aguardava para ser preso na rua José Gimenes Gomes, a cerca de sete quilômetros da casa onde mãe e filha foram mortas a facadas.
A PM foi ao local indicado pelo pedreiro, mas não o encontrou. Após buscas pela região, Melo foi localizado, com os braços sujos de sangue. Ele foi detido e em seguida indicou que os corpos das vítimas poderiam ser encontrados em casa, no bairro Baronesa.
Chegando à residência, a PM encontrou a mulher e a criança já mortas, com ferimentos feitos por faca. A arma usada nos assassinatos estava ao lado dos corpos, segundo o boletim de ocorrência.
Sobre a motivação para os homicídios, o pedreiro teria dito "que perdeu o controle após ingerir drogas e discutir com sua mulher", diz trecho do boletim de ocorrência.
Segundo a polícia, a mulher foi morta primeiro, na frente da criança, que em seguida foi golpeada pelo próprio pai. Ele foi indiciado em flagrante por duplo homicídio qualificado (motivo fútil e meio cruel), além de feminicídio, que é quando a vítima é morta por ser mulher. Ele também terá um agravante que é o de matar pessoa com menos de 14 anos.
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O caso foi registrado no 5º DP de Osasco e será investigado pelo Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa da cidade.
O pedreiro passou por exames toxicológicos e está preso, à disposição da Justiça. A arma usada no crime foi apreendida e será periciada pela polícia.
Entre janeiro e outubro desde ano, 141 casos de feminicídio foram registrados no estado de São Paulo pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão (PSDB). Isso equivale a dois casos diários.
No mesmo período do ano passado, foram registrados 140 casos do tipo, representando praticamente o mesmo volume de casos diários dos dez primeiros meses de 2020.
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