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LUTA POR TERRA

Pistoleiros incendeiam casas de famílias agricultoras em Eldorado dos Carajás

Os pistoleiros chegaram ao acampamento efetuando disparos com armas de fogo e logo incendiaram os barracos.

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Imagem ilustrativa da notícia Pistoleiros incendeiam casas de famílias agricultoras em Eldorado dos Carajás camera Reprodução Facebook

Pistoleiros estão aterrorizando famílias que vivem no acampamento Osmir Venuto da Silva, localizado em Eldorado dos Carajás, sul do Pará. O órgão fez a denúncia na terça-feira (16). Segundo os agricultores nativos, o ataque foi promovido por quatro pistoleiros contra suas moradias. O local foi incendiado.

Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Xinguara, os pistoleiros chegaram ao acampamento efetuando disparos com armas de fogo e logo incendiaram os barracos. O fogo consumiu todos os pertences das famílias que aguardam serem inseridas em políticas de reforma agrária.

“Chegaram tocando fogo e dando tiros e os companheiros tiveram que correr para não morrer. Até os documentos foram queimados, não tem roupa, não tem alimento, não tem nada. Ficaram só com a roupa do corpo,”, disse uma das moradores à CPT.

Os moradores do local conseguiram se esconder na mata e fugir das balas dos pistoleiros, mas muitos estão feridos. Os pistoleiros continuaram efetuando disparos em direção ao acampamento por toda a madrugada.

O acampamento foi montado em área sob responsabilidade do DNIT após um acordo que fez com que os moradores desocupassem o Complexo de Fazendas do empresário e grileiro Amilcar Farid Yamin. Os camponeses buscam o direito à terra por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),

O titular da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Alberto Teixeira, recebeu na tarde de hoje (16), representantes ligados aos movimentos sociais para tratar da situação do acampamento Osmir Venuto da Silva.

Pela Sejudh, representantes da comunidade serão acompanhados pela Coordenadoria de Monitoramento de Direitos Violados, que monitora as denúncias de violação de direitos humanos no Pará, por meio do Gabinete do Secretário, pelas Diretorias e pela Ouvidoria de Justiça e Direitos Humanos.

A reunião contou com a presença, além de Alberto Teixeira; da Diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Sejudh, Verena Arruda; do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Eneida Guimarães; da União Brasileira de Mulheres (UBM), Sandra Batista e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/PA), Cleber Rezende.

No respectivo caso, a Sejudh atuará por meio da Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos -Coordenadoria de Proteção à Vítima, pela Coordenadoria de Monitoramento de Direitos Violados, vinculada à Diretoria de Assuntos Jurídicos da instituição, pela Ouvidoria de Justiça e Direitos Humanos e pelo Gabinete do próprio Secretário que enviarão ofícios para o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Estratégicas e Núcleo Agrário da Defensoria Pública, ao Ministério Público, à Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), à Polícia Militar, à Polícia Civil e à Prefeitura de Eldorado dos Carajás.

Haverá ainda a formalização imediata da denúncia pela CMDV e distribuição de atribuições específicas para as pastas, além de acionar o Centro Regional de Governo do Sudeste do Pará, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto de Terras do Pará (Iterpa).

Alberto Teixeira afirmou que, considerando a situação de violência e emergência no acampamento e ainda a existência de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e grupos sociais. “Solicitamos a atuação de diversos órgãos, entre eles os de assistência social e de direitos do cidadão, para prover os mínimos necessários para bem atender a população atingida com um conjunto integrado de ações da iniciativa pública”, afirmou.

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