Muita gente aproveitou o domingo (20) para fazer compras de Natal nos shoppings de Belém. Isso gerou movimento intenso pelos corredores e filas nos caixas, mas não houve grande sufoco. Para os clientes, o horário estendido atendeu também o público que não consegue uma folga durante a semana, já para os lojistas é mais uma oportunidade de aumentar as vendas.
“O movimento ‘tá’ meio carregado. Achei que daria pouca gente, mas não foi isso que encontrei. Domingo é o único dia que me sobrou para fazer compras com meu marido. Aproveito para levar coisas pra gente passar o Natal. Tem também algumas lembrancinhas para as filhas”, disse Tânia da Silva, de 51 anos, autônoma.
Ela e o marido, Fernando Prist, de 54 anos, foram em um shopping no bairro Batista Campos. “Apesar de tudo, estamos conseguindo comprar. Foi ótima a ideia de abrir no domingo. A gente não pode deixar de comprar nessa época”, brinca o vigilante.
A autônoma Sebastiana Santos, tirou o dia de ontem para passear com a família e fazer as compras de final de ano. “É importante esse momento entre a gente. Mesmo apertado em algumas lojas, a gente conseguiu comprar”, afirmou levando nas sacolas também presentes para familiares. A maioria das lojas disponibiliza álcool gel, todas exigem o uso de máscara dos clientes e tentam controlar o fluxo de pessoas dentro dos espaços para evitar aglomerações, ainda assim, em alguns momentos era inevitável devido ao número de consumidores nos shoppings.
Por outro lado, o cenário alegrou a gerente de uma sapataria, Yasmin Queiroz, de 27 anos. Segundo ela, o movimento no shopping tem aumentado desde o início de dezembro e, por conta disso, o horário estendido de 10h às 23h contribui para dividir o público em todos os dias do mês. “O movimento nos surpreendeu. Apesar dos pesares, até às vésperas do Natal, a expectativa de boas vendas é grande. A gente tem vendido bastante e isso traz esperança por dias melhores”, contou.
Gerente de marketing de em um shopping no bairro Mangueirão, João Vyctor Fonseca comenta que as vendas de agosto deste ano até o mês de novembro subiram em relação a 2019 e a expectativa é que, para o Natal, as vendas possam crescer na mesma proporção, equivalente a 5% mesmo com o fluxo caindo de 10% a 15%. Uma estratégia foi a inauguração de cinco lojas neste semestre. “Esse aumento no ‘mix’ atrai o consumidor, pois as pessoas querem encontrar tudo em um único lugar”, detalhou. “As pessoas têm comprado bastante de forma on-line, isso melhora o faturamento das lojas”, disse.
Para a professora Verônica Baia, de 50 anos, as festas deste ano serão, sem dúvida, diferentes, principalmente para ela que perdeu quatro parentes por conta da Covid-19. “Não iremos nos reunir como nos outros anos, somente quem mora lá em casa mesmo, mas vamos tentar nos encontrar com os demais de forma virtual. Com certeza, será um Natal de reconciliação e união”, comentou.
Artesanatos também viram opções de presente
A Praça da República, no centro de Belém, foi o local escolhido por muitas pessoas neste domingo (20) para comprar os últimos presentes de Natal. As opções iam desde bonecas, roupas, sapatos, enfeites, artesanato, entre outros, uma variação que acabou agradando bastante quem estava em busca de algo diferente para presentear.
Esse foi o caso da serviços gerais, Helena Pereira, de 50 anos, que estava em busca de um presente para si mesma. “Já comprei o de todo mundo, mas faltava o meu e acabei vendo um enfeite de parede que é a minha cara e, não pensei duas vezes, comprei para me presentear”, contou.
Já o funcionário público Roberto Duarte tirou o domingo para passear com as duas filhas, de 6 e 3 anos, mas também para já ir adiantando alguma coisa de presente para as meninas. “Sabe como é brasileiro acaba deixando tudo mesmo para a última hora e eu ainda não comprei nada. Elas (as filhas) gostaram de umas roupinhas de bonecas e já estou negociando com elas para a gente levar”, disse.
Para ele, espaços como o da feira na praça acabam sendo uma alternativa convidativa de compras já que com a pandemia está difícil frequentar os shoppings. “Como a gente não pode ficar aglomerado acaba tendo que ir muito rápido nos lugares e aqui, por ser um espaço aberto, a gente fica um pouco mais tranquilo”, ressaltou.
Entre os vendedores a expectativa para aproveitar o dia para vender seus produtos também era grande. “Estamos com um movimento bom hoje (ontem) acredito que vamos sim ter boas vendas até porque essa é a última oportunidade para comprar alguma coisa aqui antes do natal”, contou a artesã Esmeralda Pereira, que junto com o marido e a filha produzem enfeites de porta e parede, que comercializam aos domingos na praça. Esse também foi o caso das artesãs Domingas Silva e Rita Oliveira. A primeira estava atraindo os olhares da clientela com gorros coloridos feitos em crochê e a segunda sapatinhos para bebê feitos do mesmo material.
Já o artesão Paulo Kennedy não tem barraca na praça, utiliza um carrinho para vender os quadros personalizados que produz. “Há três anos me dedico a esse trabalho porque sou um colecionador de lego, que é uma das peças que utilizo na fabricação dos quadros”, contou. Além de utilizar o espaço da praça para vender sua produção, ele também comercializa suas peças através de seu Instagram. “Por ser um presente diferente, acho que vou conseguir vender bastante hoje (ontem)”, ressaltou.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar