Moradores da Pedreira, em Belém, estão indignados com a quantidade de lixo e entulho espalhados pelo bairro. Algumas avenidas acabam se destacando com o acúmulo de isopor, mato, galhos, cadeiras, guarda-roupa e até mesmo sofás descartados de forma irregular.
Ao longo da avenida Marquês de Herval até a avenida Dr. Freitas o lixo toma conta do canteiro e das calçadas. O engenheiro eletrônico Marcelo Lima, 67 anos, relata que se tornou um hábito as pessoas jogarem resíduos no canteiro da Marquês, próximo da travessa Antônio Baena. “A cena se repete todo o tempo. As pessoas insistem em acumular o lixo e misturam tudo, resíduos domésticos e entulhos. Além disso, sempre tem uma obra sendo realizada e o entulho de construção vem parar aqui. Deveria ter mais fiscalizaçãoem relação a isso”.
- Covid: Abaeté tem 60 casos dos 82 confirmados no boletim deste domingo (27)
- Trecho da avenida João Paulo II não tem espaço adequado para ciclistas
Revoltada, a aposentada Rosilda Barros, 87 anos, conta que já lutou muito para deixar o canteiro florido e limpo, mas acaba se tornando uma luta injusta. “Já plantei muitas árvores neste local para não deixá-lo cair no esquecimento, para preservá-lo e para que as pessoas não joguem lixo porque nem sempre tem coleta. Mas o que vemos são pedaços de madeira velha, colchão, mato e um descaso total”.
Ainda na Marquês de Herval, próximo da travessa Mariz e Barros, a cena se repete. No local, onde era para ser o acostamento de carros, só há caixas de papelão, restos de compensado, sacos de lixo, cadeiras e pedaços de madeira. Segundo relatos de moradores, alguns ainda tentaram transformar o espaço em jardim, com pneus e mudas de plantas, mas o trabalho foi em vão.
Na travessa Lomas Valentinas, na esquina com a passagem Alacid Nunes, o caos é o mesmo. Sapatos, peças de carro, galhos, guarda-sol, papelão e lixo doméstico formam um aglomerado de resíduos. O bueiro na entrada da passagem também encontra-se entupido com garrafas pet e de cerveja.
ENTULHO
Segundo uma moradora que não quis se identificar, no local onde acumulam o lixo há um prédio em estado de abandono e que servia também de depósito de entulhos. “O proprietário foi avisado de que o edifício estava servindo de depósito de lixo e o fechou com tapume. Agora os entulhos são despejados na calçada e ninguém faz a coleta. Isso chama rato e todo tipo de bicho que causa doença. E quando chove alguns resíduos se espalham ainda mais pela rua”.
Outra queixa é no canal da Antônio Baena com a avenida Pedro Miranda. Moradores sentem falta de uma coleta mais efetiva, já que alguns trechos alagam devido ao acúmulo de lixo. “Quando chove, alguns trechos inundam e a água enche as casas”, relata o mecânico Paulino Pinto, 38 anos.
A doméstica Socorro Sousa, 57, mora há mais de 50 anos em frente ao canal e reclama da falta de uma coleta eficaz. “As pessoas jogam entulhos e restos de tudo quanto é objeto. E a coleta não acontece sempre. Deveria ter uma fiscalização maior por parte do poder público”.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), por meio do Departamento de Resíduos Sólidos, diz que realiza a coleta do lixo domiciliar semanalmente, e o entulho, de forma programada diretamente na sede da Sesan ou pelo número 156.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar