Um professor foi denunciado por uma aluna do tradicional colégio católico Santa Catarina de Sena, acusado de cometer assédio sexual contra ela e diversas outras estudantes da unidade de ensino localizada no bairro de Nazaré, em Belém.
As denúncias são de março de 2020, mas foram expostas nas redes sociais pela adolescente esse ano, que divulgou ainda um termo de declaração da escola denunciando as práticas cometidas pelo professor, dois boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (Data), além de um documento do Conselho Tutelar I, que encaminhava a adolescente para uma escuta especializada.
A estudante afirmou que em nenhum momento recebeu amparo do colégio e que teria ouvido da própria vice-diretora que seria necessário se “acostumar com o jeito do professor”.
“Em nenhum momento tive suporte de assistência social, muito menos de uma psicóloga. O colégio não me deu nenhum apoio, apenas pediram a permissão para resolver o caso, o que não foi feito, logo, recorri ao conselho tutelar”, desabafa.
COLÉGIO SE PRONUNCIA
Por meio de nota, divulgada no final da noite desta quarta-feira (6), o Colégio Santa Catarina de Sena informou que, à época da denúncia feita pela estudante, a acolheu e comunicou o episódio aos pais, que orientou a direção da unidade para tomar todas as medidas cabíveis e que o professor denunciado foi desligado do quadro de funcionários.
REPERCUSSÃO
Publicada nas redes sociais, a denúncia ganhou apoio majoritário de internautas, em especial daqueles que se identificaram como alunos da unidade ou que afirmam ter tido contato com o professor denunciado.
Um rapaz disse ter sido vítima de racismo e injúria racial na frente de toda a turma. “Fora as diversas piadas machistas e homofóbicas que tive o desprazer de presenciar”, denuncia.
Já uma jovem confirma ter sido aluna do alvo das denúncias. “Uma vez, no fim de sua aula, ele me chamou de ‘gostosa’. Não falou alto, mas foi o suficiente para eu compreender. Na época eu fiquei bem incomodada, mas resolvi não falar nada, pois pensava que ninguém ia dar importância”, desabafou.
OUTRO LADO
O DOL não conseguiu contato com o professor na noite desta quarta-feira e adianta que está à disposição para ouvi-lo sobre as denúncias.
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