Há pouco mais de uma semana no cargo, o prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) ainda conta o tamanho dos danos de uma cidade que afirma ter recebido sem dinheiro em caixa, com obras inacabadas e muitos outros problemas. Às vésperas do aniversário de 405 anos de fundação, neste cenário, Belém talvez não tenha muito o que festejar, mas no entendimento do novo gestor, que já foi prefeito da capital paraense entre os anos de 1997 e 2004, o momento é de acreditar e trabalhar para mudar esta situação. “Para isso fomos eleitos”, reforça.
“Após um abandono atroz de 16 anos, eu vejo que aquela ideia de jogar o lixo embaixo do tapete foi reinventada aqui. Visitei o Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura, e chorei, literalmente. Pela insegurança de que o piso ou o teto possam ruir, as obras do museu abandonadas, cheias de fungo, furadas. Os servidores públicos com salários aviltados e nós sem condição de dar uma resposta imediata. Meu sonho é poder organizar a casa financeiramente e começar a melhorar os serviços públicos, preparar Belém para ser uma cidade que apaixone cada vez mais, porque o nosso povo é apaixonante”, declarou o prefeito de Belém em entrevista concedida a uma semana do aniversário da capital.
Nesse plano de recuperação da autoestima do belenense, Edmilson cita como metas dobrar o número de creches e ampliar as vagas na Educação Infantil, bem como do alcance do Programa Saúde da Família (PSF). “Cerca de 30% da população tem plano de saúde. Que bom. Mas tem 70%, que não tem, então nós vamos levar a saúde à casa das pessoas. Já tivemos 44% de cobertura, hoje reduziu para 20%, mas nos próximos quatro anos teremos um conjunto de equipes com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, agentes de saúde visitando cada bairro, cada ilha”.
ALAGAMENTOS
Edmilson lamenta a situação de falta de manutenção dos principais canais da cidade, e relaciona essa falta de cuidado às frequentes situações que a população enfrenta a cada vez que chove. “Mostramos que é possível quando terminamos a obra do Una. Só que agora voltou a encher, porque se você vai no Canal do Jacaré, no Canal de Antônio Baena, da Três de Maio, da Visconde, vê aquela vergonha. Está tudo assoreado por conta da irresponsabilidade de não terem feito a limpeza dos canais. Em parceria com o Governo do Estado deveremos colocar quase dois mil trabalhadores na limpeza de bueiros, a partir do dia 13, possivelmente, se der tempo para fazer a contratação legal, com carteira assinada. Será um presente para Belém e sinaliza a cidade que queremos, limpa, bem cuidada, sem enchentes”, detalha o prefeito. “São grandes os desafios, mas sem essa crença de que é possível mudar, não fazemos nada”, reforça.
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