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Farinha de mandioca está mais cara em Belém

Aumento foi de 20% registrado ano passado, muito acima da inflação, que ficou em 5% no mesmo período. Nas feiras de diferentes pontos da cidade, consumidores e os próprios vendedores reclamam dos valores

Imagem ilustrativa da notícia Farinha de mandioca está mais cara em Belém camera Tanto o litro como o quilo do produto está mais caro na maioria das feiras livres e supermercados espalhados por toda a Grande Belém | Irene Almeida

Um dos produtos mais tradicionais na mesa do paraense, a farinha de mandioca apresentou uma alta recorde no ano passado, com reajuste acumulado de 20% contra uma inflação de 5,45% no mesmo período. A informação é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará, (Dieese/PA) que aponta ainda como causas do aumento múltiplos fatores, como questões estruturais dentro da cadeia produtiva e na própria comercialização desse alimento. Nas feiras de Belém, a alta no preço é sentida tanto por quem compra como pelos vendedores, que garantem estar adquirindo o produto por um preço bem mais elevado e, por isso, não têm como não repassar esse aumento para seus fregueses.

Na Feira do Ver-o-Peso, o litro da farinha d’água está sendo comercializado, em média, a R$ 6 e o quilo a R$ 8. “Tenho percebido esse aumento mais frequente desde o início da pandemia no ano passado. Praticamente tudo aumentou e com a farinha não foi diferente”, conta o vendedor Domingos Souza, que há dez anos comercializa o produto na feira.

Ele ressalta que ainda no início do ano passado conseguiu comprar a saca com 30 quilos de farinha de mandioca por R$ 90. “Ao longo do ano foram tendo vários aumentos. Atualmente a saca com 60 quilos está sendo vendida por R$ 350. Nesses anos todos nunca tinha visto um aumento como esse”, revela.

PREÇOS

Na Feira da 25, o litro da farinha d’água está custando em média R$ 7, mas é possível também encontrar a R$ 6. “Começamos a comprar mais caro em outubro, quando tivemos de repassar para os consumidores e o preço permaneceu até agora. As pessoas têm reclamado do preço, mas continuam comprando, graças a Deus”, garante a vendedora, Raimunda Souza. Ela conta que grande parte do produto comercializado no local vem dos municípios de Irituia, São Miguel do Guamá e Bragança, todos na região nordeste do Estado.

Já o vendedor de farinha Fernando Castro, que há 20 anos trabalha na Feira da Pedreira, afirma que o último aumento registrado foi em dezembro do ano passado. “Até então estávamos conseguindo vender o litro por R$ 4, R$ 5, mas no final do ano passamos para R$ 6 porque passamos a comprar mais caro também”, justifica.

Para quem costuma comprar com frequência o produto, as diversas altas no alimento já não são novidade. “Às vezes eu nem percebo que já aumentou de novo, a minha maior preocupação tem sido mesmo a qualidade. Não dá para comprar farinha ruim, por isso compro sempre no mesmo local”, conta o militar Valter Botelho.

Segundo o Dieese/PA, grande parte da farinha consumida em Belém e região metropolitana é oriunda de municípios como Castanhal, Capanema e Bonito, que ainda possuem uma produção artesanal em grande parte. Para o Departamento, os aumentos sucessivos do produto são conflitantes, já que o Pará se mantém como o maior produtor de mandioca do país.

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