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PRATICIDADE

Empresas recorreram mais ao mercado online na pandemia

Plataformas de redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp foram fundamentais para manter pequenos e grandes negócios na crise

Imagem ilustrativa da notícia Empresas recorreram mais ao mercado online na pandemia camera A venda de coxinhas dos irmãos Gabriel e Felipe Franco cresceu justamente em um período difícil | Ricardo Amanajás

Pelo menos sete em cada dez empresas brasileiras passaram a investir no comércio online durante este período de pandemia. Esse é um dos principais resultados apontados pela nona edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus”, elaborada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já no mês de maio do ano passado, as empresas que atuavam nas redes sociais, aplicativos ou internet para impulsionar suas vendas representaram 59% do mercado.

Para a gerente da agência metropolitana do Sebrae no Pará, Leda Magno, as micro e pequenas empresas do Estado têm acompanhado essa tendência nacional que se fortaleceu durante a pandemia e que deve permanecer. “É um cenário muito positivo, porque mostra que as empresas estão abertas ao novo, a essa nova forma de fazer comércio e que buscaram se adequar a essa tendência. É claro que ainda existe a questão da dificuldade de acesso à internet, mas elas têm buscado se fortalecer. Inclusive, o Sebrae tem oferecido soluções para que as empresas passem a usar de forma mais efetiva ferramentas como WhatsApp, Facebook e o Instagram”, conta.

Nessa perspectiva, algumas empresas inclusive chegaram a fazer a migração total do comércio presencial para o virtual. “Muitas que tinham estruturas físicas antes, mas acabaram se desfazendo por conta dos custos e foram para o online”, ressalta.

Parte dessa alteração, segundo ela, também se deve a uma mudança no comportamento dos consumidores. “Se olharmos para o cenário há dez anos, quando as redes sociais eram menos presentes, isso era bem diferente. Hoje o consumidor quer comprar no conforto do seu lar, de forma segura e prática e isso acabou se consolidando ainda mais com a pandemia”, argumenta.

No Pará, entre os setores que têm se destacado nas vendas online está o de alimentação e vestuário. “Especialmente no caso dos pequenos negócios que foram intensamente impactados nesse período de pandemia e precisaram se reinventar e o comércio online trouxe justamente essa nova perspectiva para se manter no mercado”, diz.

A venda de salgados dos irmãos Gabriel, 23, e Felipe Franco, 27, já nasceu na internet, em 2019, mas durante a pandemia acabou crescendo e se consolidou. A oportunidade de empreender surgiu meio por um acaso quando um amigo que fabricava salgados congelados ofereceu para que eles pudessem vender. “Resolvemos aceitar e iniciamos o negócio em casa mesmo, apenas com um notebook, um freezer e uma fritadeira, tudo usado e comprado com um investimento de R$ 1.500”, relembra Gabriel, que reside em Ananindeua.

SALTO

No final de 2019, as vendas começaram a crescer e, ano passado, a dupla começou a investir com mais vigor nas redes sociais e em orientação especializada. “Procuramos o Sebrae e recebemos consultoria online, assessoria financeira, controle de estoque e paralelamente passamos a investir mais nas redes sociais, fazendo parcerias com blogueiros e investindo em arte, designer e na produção de vídeos. Também criamos a nossa própria marca e registramos o nosso nome comercial, Fome de Coxinha”, conta ele, que é responsável por colocar a mão na massa enquanto Felipe fica com a parte de pedidos e a contabilidade.

O crescimento nas vendas acompanhou os investimentos e o lucro acabou saltando de uma média de R$ 5 mil ao mês para até R$ 18 mil durante a pandemia. “Tivemos um começo bem difícil, mas conseguimos crescer, principalmente com os investimentos nas redes sociais. Para se ter uma ideia, estamos hoje com uma média de 900 contatos de clientes no WhatsApp por exemplo”, revela.

Além dos dois jovens, o empreendimento conta com serviço terceirizado de entregadores que atendem em Ananindeua e parte de Belém, e uma pessoa para ajudar na fritura dos salgados, que além de coxinha, inclui quibe, batata frita e doces, como churros e sobremesa, vendidos em porções ou em combos.

A meta agora é trabalhar com a fabricação própria de seus produtos e para isso a sala usada pela mãe dos dois para dar aulas acabou virando uma cozinha industrial. “Estávamos com quase tudo pronto para iniciar nossa fabricação própria no final do ano passado, mas tivemos problemas com uma das máquinas compradas”, conta Gabriel que junto com o irmão investiu cerca de R$ 10 mil na reforma do espaço e na compra do maquinário.

PRINCIPAIS SETORES

- A pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus” mostrou um incremento médio de 20% no número de negócios atuando no ambiente virtual. Entre aqueles que conseguiram ir além desse percentual estão os segmentos de energia (37%) e beleza (27%).

- O levantamento mostra ainda que entre as plataformas escolhidas para incrementar as vendas está o WhatsApp, com 84% de adeptos.

- Esse é o caso das empresas voltadas para o setor de artesanato, beleza e moda, 90% daquelas que digitalizaram sua comercialização usam o Wpp para vender seus produtos e serviços.

- Instagram e Facebook vêm atrás, com 54% e 51%, respectivamente. Enquanto isso, apenas 23% dos negócios vendem por sites próprios.

- A pesquisa mostrou ainda que as micro e pequenas empresas usam as ferramentas on-line de forma mais profissional do que os microempreendedores individuais (MEI). Entre as micro e pequenas empresas, 55% usam ferramentas de gestão. Entre os MEI, esse percentual é de 25%.

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