Foram apreendidos mais de 300 kg de polpas de frutas sem registro de inspeção estadual em 16 supermercados de Tomé-Açu e distrito de Quatro Bocas, no nordeste paraense. A ação, que resulta de parceria entre a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Ministério Público e a Vigilância Sanitária municipal, ocorreu na quarta (24) e quinta-feira (25) desta semana.
As parcerias institucionais da Adepará são vitais para manter a regularização dos produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. As alianças institucionais com outros órgãos são ferramentas fundamentais para garantir alimentos inofensivos à saúde humana, nos estabelecimentos comerciais, e assegurar os padrões de qualidade, assim como os procedimentos de elaboração dos alimentos, em higiene e qualidade para o consumidor paraense.
"Essa ação no município de Tomé-Açu é pioneira no estado, e objetiva dar apoio e orientação à Vigilância Sanitária Municipal na inspeção e fiscalização nos supermercados, (com foco) em polpas de frutas clandestinas, e é o ponta pé inicial para um trabalho que será levado para os demais municípios", informou Nelson Leite, gerente de Inspeção e Classificação Vegetal (GICV) da Adepará.
Ele alertou que "os estabelecimentos que produzem polpas de frutas sem inspeção não tem nenhum tipo de higiene e mesmo o produto sendo congelado, não segue padrões para a produção desses tipos de alimentos, não tem qualidade e origem, o que representa risco para a saúde humana", acrescentou Nelson Leite.
O gerente ainda explicou que um dos motivos para a ação ser direcionada, nesse primeiro momento, às polpas de fruta, é o fato de que o produto é costumeiramente consumido na alimentação escolar.
"Um dos objetivos é dar condições para a agroindústria estar habilitada a entrar em uma concorrência do município, pois só é possível participar do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), as agroindústrias com o certificado de sanidade, como por exemplo o Selo Artesanal da Adepará", afirmou Leite.
Para Jonas Brás Santana, proprietário de uma rede de supermercados, em Tomé-Açu, a ação é positiva. "Eu sempre procuro comprar os melhores produtos, que são autorizados pela Vigilância Sanitária, Adepará também pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
"Eu sei que a gente não pode vender qualquer produto porque pode ocorrer problema de saúde em nossos clientes, esse tipo de procedimento é um processo que todos têm que se adequar pra que a gente possa ter um melhor produto, de melhor qualidade pra oferecer pro nosso cliente", complementou o supermercadista Jonas Santana, reconhecendo a iniciativa dos órgãos de fiscalização.
O dono do supermercado também afirmou que considera "fundamental essa fiscalização para a saúde e hoje a gente vive em um momento de pandemia, no qual mais do que nunca precisamos ter cuidado com os alimentos, fundamentais para nossa saúde. Creio que todos precisam atender às normas", avalia o proprietário.
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