A morte do radialista, narrador e apresentador Ronaldo Porto, do Grupo RBA, na manhã deste domingo (14), deixou todos os familiares, amigos e colegas de trabalho devastados. Internado há semanas para tratamento contra a Covid-19 no Hospital Amazônia, a família reconhece o empenho de toda a equipe de profissionais que atuaram diariamente para tentar salvar a vida dele.

“Sabemos que essa doença muitas vezes é fatal e ‘tinha que ser’, mas reconhecemos que toda a equipe médica do Hospital Amazônia foi incansável nessa luta e fica aqui o nosso agradecimento, em especial, ao doutor Pedro Rolim, que é o chefe da UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) do hospital. Ele é um médico muito humano, um profissional espetacular. Ele é muito atencioso com todos os pacientes e seus familiares. Quando a gente chegava para receber o boletim médico diariamente, ele passava um bom tempo explicando tudo. E hoje, quando recebemos a notícia, não foi diferente. Sabíamos que ele estava piorando nos últimos dias, mas que estava sendo feito tudo que era possível. Precisamos de mais médicos como ele”, diz Márcio Nascimento, sobrinho do apresentador Ronaldo Porto.

Ele completa dizendo que esse momento está sendo muito difícil para todos os familiares e amigos. “Nosso sentimento era de pai e filho. Deixo aqui também meus sentimentos a todos os colegas de trabalho dele”.

TRAJETÓRIA

Ronaldo Porto, o "40 graus da Rádio Clube", que tinha 68 anos, piorou bastante no sábado (13) e não resistiu às complicações da Covid-19, doença que já vitimou quase 280 mil pessoas no Brasil desde o ano passado.

Ronaldo Napoleão de Araújo Porto nasceu em fevereiro de 1952. Era bacharel em direito e também atuou como professor universitário. Começou sua carreira na comunicação em 1969 produzindo reportagens para a Rádio Marajoara.

Esteve à frente da cobertura de alguns eventos de âmbito internacional pela Rádio Clube e, atualmente, apresentava programas na TV RBA e também atuava em diversas coberturas esportivas. De 1997 a 2000, exerceu também mandato de vereador na capital paraense.

Com locução excelente, Ronaldo foi o responsável pela narração de dois dos maiores feitos dos gigantes clubes da Amazônia: narrou, em 1997, a partida que marcou o tabu de 33 jogos do Clube do Remo diante do Paysandu e, em 2003, a história vitória do Papão contra o Boca Juniors em La Bombonera, pela Libertadores. 

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