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RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Abrigos emergenciais retiram pessoas de ruas em Belém

Estado retoma em três escolas o apoio a um segmento de extrema vulnerabilidade, ação que obteve êxito no início da pandemia

Imagem ilustrativa da notícia Abrigos emergenciais retiram pessoas de ruas em Belém camera Reprodução

Logo nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (19) um grupo já se concentrava em frente à Escola Estadual Lauro Sodré, no bairro do Marco, em Belém, um dos espaços adaptados pelo Governo do Pará para receber pessoas em situação de rua, a fim de protegê-las dos riscos da pandemia de Covid-19. A medida, executada com êxito no ano passado e retomada agora pelo Estado, também é essencial para o cumprimento das normas previstas pelo Decreto 800/2020, que institui lockdown em cinco municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB).

Aos 29 anos, Mariane do Carmo disse que mora na rua há muitos anos. Há seis meses retornou do Sul do Pará, e quando soube do abrigo arrumou suas coisas e procurou o espaço. “Eu soube através dos grupos que levam atendimento pra gente nas ruas. Quando eles falaram eu fiquei feliz, porque a situação não tá fácil. O vírus tá forte. Eu já fui infectada. Aqui a gente se alimenta, toma banho. Antes eu tinha que tomar banho lá na escadinha das docas. Agora não. Tô sendo cuidada e pretendo ficar”, garantiu Mariane.

Com a medida de abrigamento, o governo do Estado retoma uma estratégia adotada logo no início da pandemia, em 2020, quando aproximadamente 1.000 pessoas foram acolhidas no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, e na Arena Multiuso Guilherme Paraense, o Mangueirinho. Os locais receberam mulheres, homens, casais com crianças, idosos e população LGBTQI+.

Desta vez, as pessoas serão abrigadas em três escolas estaduais: Lauro Sodré, onde haverá triagem e cadastramento, e Dom Pedro II e Jarbas Passarinho, onde funcionarão os abrigos permanentes.

Procedimentos

Ao chegar à Central de Acolhimento, a pessoa passa por um procedimento realizado por equipe da área de segurança pública, a fim de evitar a entrada de qualquer objeto inadequado ao local. Em seguida, é encaminhada à triagem de saúde. Se não apresentar nenhuma comorbidade (doenças associadas), segue para o cadastro.

Após esse processo, as pessoas são encaminhadas à Escola Jarbas Passarinho ou à Escola Dom Pedro II. Aqueles que testam positivo para Covid-19 ou apresentam qualquer outra doença permanecem isolados em uma sala preparada para essa finalidade na Escola Lauro Sodré.

A ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), em parceria com a Prefeitura de Belém, e conta com o apoio de outros órgãos da administração estadual, como as secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

“Sentir-se em casa”

Segundo o titular da Seaster, Inocencio Gasparim, a retomada desses espaços é uma alternativa emergencial de habitabilidade e segurança para quem não tem moradia e estava à mercê da contaminação.

“O público que recebemos aqui é desprovido de praticamente tudo. Eles não têm casa, não têm roupas, não têm práticas de higiene justamente por não terem acesso a banheiros, a espaços dignos. Logo, ao pensarmos na vulnerabilidade em que eles se encontram, observamos a necessidade do cuidado, do carinho, que na maioria das vezes eles não recebem. Aqui é pra se sentir, literalmente, em casa”, frisou o secretário.

Doações

Para dar suporte à ação, a Seaster dispõe de um espaço para recebimento de doações. A população pode contribuir com alimentos, roupas, calçados, kits de higiene, brinquedos e jogos. Todos os donativos poderão ser entregues diariamente, das 8 às 18 h, no Ginásio de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na Avenida João Paulo II, no bairro do Marco, em Belém.

O sistema de entrega é drive-thru. As pessoas chegam, entregam as doações e retornam sem precisar descer do carro ou ter contato direto com as equipes.

Na ultima quinta-feira (18), a Seaster recebeu as primeiras doações: mil colchões e mil travesseiros entregues pela rede de lojas Magazine Luiza.

A advogada Bruna Koury, que integra o grupo Mulheres do Brasil, liderado pela empresária Luiza Trajano, proprietária da Rede Magazine Luiza, acompanhou a entrega dos nativos e reforçou o papel da empresa ao apoiar a iniciativa do governo do Estado. “É uma satisfação estar aqui, em nome do Magazine Luiza e do grupo Mulheres do Brasil. Estamos para contribuir com a ação e possibilitar que pessoas que vivem em risco, em vulnerabilidade, tenham abrigo e condições dignas de habitabilidade neste momento tão difícil”, disse Bruna Koury.

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