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Santa Casa do Pará registra crescimento em partos normais

Em 2019, percentual foi de 9,88%; em 2020, pulou para 24,94%. Taxa é um dos indicadores de qualidade do serviço.

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Imagem ilustrativa da notícia Santa Casa do Pará registra crescimento em partos normais camera Agência Pará

O trabalho na área da maternidade da Fundação Santa Casa não para durante as 24 horas do dia, e os profissionais sabem da importância de suas tarefas para as mulheres que buscam o hospital.

“A Taxa de partos normais assistidos por enfermeiros é um dos indicadores de qualidade do PPP (Pré-Parto, Parto e Pós-Parto). A meta estipulada pela instituição é de 10%. No ano de 2020, alcançamos a média de 24,94%, valor acima da média. O que merece ser comemorado. E fortalecer o trabalho de enfermeiras e enfermeiros obstetras, que atuam na maternidade, nos partos assistidos, é um ato de amor”, afirmou a coordenadora do Pré-Parto, Parto e Pós-Parto (PPP), Luzia Ribeiro Santana.

Em 2018, a taxa de partos assistidos foi de 8,8%; em 2019, subiu para 9,88%; e em 2020, deu um salto para 24,94%. Um crescimento significativo sobretudo considerando que a Santa Casa do Pará atende mulheres com gravidez com médio e alto riscos.

Para a diretora Assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, o parto assistido é fundamental tanto para a puérpera como para o hospital, pois valoriza o parto natural e, principalmente, a equipe de enfermagem obstétrica que vem conduzindo esse processo.

“Isso é importante para a paciente, assim como para a família, para a equipe assistencial e para a formação, pois somos uma instituição de ensino e formamos profissionais de várias especialidades como médicos e enfermeiros obstetras. A gente vem trabalhando a valorização desse cuidado, em conjunto com a equipe, para que possamos oferecer um parto assistido de forma bem qualificada. Isso faz com que a equipe se fortaleça na assistência ao parto natural, tipo de parto que traz inúmeros benefícios à mãe e à criança”, destacou a doutora Norma Assunção.

Conceição Damasceno Barros, enfermeira obstétrica há mais de 20 anos, é uma das profissionais da maternidade que mais contribuíram para o alcance dessa meta. Para ela, os partos assistidos melhoram a assistência, pois diminui o número de episiotomias (corte realizado no períneo da mulher durante o período expulsivo do parto) e aumenta a satisfação das usuárias.

Conceição Barros enfatizou que o funcionamento da residência em enfermagem obstétrica na Santa Casa vem contribuindo para o aumento do número de partos normais assistidos por enfermeiros.

“A gente já trabalha há quase 15 anos com as boas práticas de atenção ao parto e nascimento, e hoje temos políticas de atenção mais atuais com o parto adequado e parto assistido, onde ficamos com a parturiente durante todo o trabalho de parto, prestando assistência qualificada com aplicação de tecnologias não invasivas como musicoterapia, aromaterapia, banho quente, além de instrumentos como cavalinho, bola, barra de ling e banqueta em forma de lua para o alívio da dor”, explicou a enfermeira obstétrica.

“Graças a Deus deu tudo certo. Meu filho nasceu pesando 2 kg e meio, e o parto foi acompanhado pelas enfermeiras que deram o seu melhor, inclusive as que colheram o sangue da minha placenta", afirmou Rosário Gonçalves de Oliveira, moradora do bairro da Terra Firme, em Belém, que teve o seu parto estimulado pela equipe de enfermagem.

"Eu estava nervosa, aí elas me ajudaram, pegaram na minha mão, me acalmaram, me deram força e me senti bem melhor”, recordou Letícia Furtado Monteiro, moradora de Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém.

Partos

A Obstetrícia é o ramo da área da saúde que inclui a gravidez, parto e puerpério tanto em circunstâncias normais, quanto anormais. Obstetrícia ou obstetriz são palavras derivadas do latim, que tem o significado de parteira, onde ‘ob’ corresponde a antes e ‘sto’ significa assistir.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde têm recomendado maior participação da enfermagem obstétrica para o aprimoramento da assistência ao parto normal e para a diminuição das taxas de cesariana, considerando esta categoria profissional a mais adequada para dar assistência à gestação e ao parto normal, com melhor custo-efetividade e segurança, avaliando riscos e antecipando possíveis intercorrências.

Importante destacar que na maioria dos países desenvolvidos, a enfermagem obstétrica e parteiras especializadas são responsáveis pela assistência ao parto de baixo risco.

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