O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Pará (Sindesspa) divulgou nota pública ontem onde alerta as autoridades e órgãos de saúde para a falta de fármacos utilizados nos procedimentos de intubação de pacientes, denominados de “kit intubação”, composto por sedativos, anestésicos e relaxantes musculares. É possível que a partir de amanhã (28) ou no máximo segunda-feira (29), os hospitais da rede privada já não tenham mais os medicamentos, o que inviabiliza internações na UTI.
“Essa situação vem se agravando desde ontem (quinta-feira) e alguns hospitais privados estão com estoque apenas para os próximos 4 dias de atendimento. A falta de remédios do kit intubação pode prejudicar sobremaneira o atendimento de pacientes de Covid-19” alertou o médico Breno Monteiro, presidente da entidade.
Além das Secretarias de Saúde do Estado e do Município, o representante do sindicato explica que a situação alarmante já foi repassada para órgãos como Ministério da Saúde, Procon e Ministério Público. “O poder público precisa fazer uma intermediação do problema e tentar conseguir um equilíbrio nesse fornecimento da medicação. Caso contrário, a situação poderá provocar um caos ainda maior na falta de subsídios para o atendimento de pacientes com Covid-19”, avisa Monteiro.
Ele afirma que a situação se deve por conta das requisições administrativas de medicamentos feitas pelo Ministério da Saúde para atender as unidades públicas, fazendo com que os estoques das empresas fabricantes praticamente fossem à zero, inviabilizando o atendimento à rede privada. “Por essa razão apelamos para o poder público intermediar uma solução “, solicita Monteiro.
A rede particular de saúde continua colapsada na capital. A rede subiu a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) instalados nos 17 hospitais em funcionamento de 145 para mais de 205 nos últimos 10 dias, mas ainda não foi suficiente. “Na última segunda-feira atingimos o maior nível de internação em UTI de unidades privadas desde o início desta pandemia e todos permanecem ocupados”, diz o presidente do Sindesspa.
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