A deputada Marinor Brito (PSOL) protocolou, durante a sessão de hoje (13) na Assembleia Legislativa, um projeto que prevê a Comissão de Ética da Alepa seja composta, em igual quantidade, por homens e mulheres.
A apresentação do projeto segue uma deliberação nacional do partido, que pretende protocolar projeto semelhante em todas as assembleias legislativas, em todas as câmaras municipais e no Congresso Nacional.
O projeto prevê a alteração do parágrafo 1º, do art. 6º da Resolução nº 11/1997, para que possa haver paridade de gênero e, quando possível, um rodízio entre os partidos e blocos de parlamentares. Projeto semelhante será apresentado na Câmara Municipal de Belém, pela vereadora Lívia Duarte (PSOL).
"Isso significa que a nossa comissão de ética não mais será composta somente por homens. Espero contar com o apoio de todas as deputadas, mas também com o apoio dos companheiros de bancada das deputadas. Assim, a Assembleia Legislativa do Pará vai dar um exemplo nacional, ao ser a primeira assembleia a garantir a paridade de gênero na composição da comissão de ética", disse a deputada.
CASO ISA PENNA
A iniciativa do PSOL, de propor paridade de gênero nas comissões de ética dos parlamentos, é uma resposta ao caso suspeito de importunação sexual, sofrido pela deputada Isa Penna (PSOL-SP), no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Em dezembro, o deputado Fernando Cury (Cidadania) foi filmado apalpando um seio da colega parlamentar. Cury afirma que apenas deu um abraço na deputada.
A Comissão de Ética da Alesp, composto por oito homens e apenas uma mulher, decidiu pela suspensão do mandato de Cury, por 180 dias.
"Este crime, que foi cometido por um deputado que não tem escrúpulos, que não tem respeito. Que não sabe e não aceita a presença da mulher no parlamento brasileiro. Que acha que pode assediar, importunar, desacreditar. E, crente que a impunidade é para sempre, continua com piadinhas nas redes sociais", protestou Marinor Brito.
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