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PACOTE ECONÔMICO

Pará beneficiou 677 mil pessoas com auxílios financeiros

Estado já investiu R$ 177 milhões em recursos nos programas do pacote econômico e tributário, o maior entre os dos estados da federação

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Imagem ilustrativa da notícia Pará beneficiou 677 mil pessoas com auxílios financeiros camera Reprodução/Seplad

Em um mês, o programa econômico de R$ 500 milhões, lançado pelo Governo do Estado para atenuar os efeitos negativos causados pela pandemia da Covid-19 na economia paraense, é o maior pacote econômico já registrado entre os maiores estados da federação e tem alcançado resultados significativos. A afirmação é do presidente do Banpará, Braselino Assunção, referindo-se ao pacote econômico e tributário, criado pelo Governo do Pará, para contribuir com a retomada econômica e social em todas as regiões estaduais.

"Para nós, do Banpará, é muito gratificante ser a instituição financeira que está operacionalizando esse pacote. A cada momento, estamos procurando atender os beneficiários com conforto, segurança e comodidade, evitando aglomerações dando suporte especial neste momento difícil", destaca Braselino Assunção, presidente do Banpará.

Para amenizar os impactos da pandemia de Covid-19 sobre vários setores econômicos do Pará, o governo do Estado anunciou no último dia 15 de março, o pacote econômico e tributário, no valor de R$ 500 milhões.

Só neste primeiro mês, o Renda Pará e o Fundo Esperança atenderam 677 mil paraenses, com um total de R$ 177 milhões injetados na economia.

De segunda a sexta-feira, a diarista Jovanate Lucena, de 52 anos, realiza trabalhos domésticos em três casas da Grande Belém para complementar a renda. Todo dinheiro que entra é um alívio para ela, que também é uma das 530 mil e 800 beneficiárias até o momento do Renda Pará, do governo do Estado. O programa garante auxílio único de R$ 100, para famílias em vulnerabilidade social cadastradas no Bolsa Família, afetadas em sua economia familiar, pela pandemia da Covid-19.

"Eu recebi o benefício ano passado e esse ano também. É uma ajuda importante para as famílias. Esse ano eu usei o dinheiro para comprar arroz, feijão e outras coisinhas para casa. Pode parecer pouco, mas para quem não tem nada é uma ajuda muito importante sim", diz Jovanete Lucena, que mora com o filho de 7 anos e um neto de 13, no bairro da Pratinha, em Belém.

Assim como o Renda Pará, que até agora destinou R$ 54,800 milhões, para o auxílio, o governo estadual também criou também o programa Fundo Esperança, para ajudar microemprendedores paraenses que perderam renda durante a crise econômica desencadeada pelo novo coronavírus.

O cabeleireiro e maquiador Luciano Almeida, de 32 anos, foi contemplado pelo Fundo Esperança e já recebeu quase R$ 5 mil, para manter o salão de beleza, no distrito de Icoaraci, em Belém. "Com a chegada da pandemia eu vi meu negócio ter uma queda de quase 70%. O salão ficou fechado quase cinco meses e não tinha nenhuma previsão para reabrir devido as restrições da pandemia, então resolvi me inscrever no programa e graças a Deus fui contemplado”, contou o cabeleireiro Luciano Almeida.

Luciano disse que o dinheiro obtido pelo Fundo Esperança o ajudou a pagar os custos dos meses parados do seu salão de beleza. “Veio em bora hora sim", disse ele, que recebe ajuda de mais dois funcionários no salão. "Sem essa ajuda realmente não teria como quitar as dívidas e o meu salão teria fechado", completou.

Este ano, o Fundo Esperança disponibilizou no total R$ 150 milhões, para financiamentos de pequenos e microempreendedores. As principais vantagens do programa são a taxa de juros de 0,2% ao mês, o prazo para pagamento de até 36 meses e a carência de 180 dias para pagar a primeira parcela.

As regras do Fundo Esperança possibilitam financiamentos de R$ 2 mil até R$ 50 mil, para pequenos empreendedores que encontram dificuldades financeiras. Até o momento, 34.500 pessoas já receberam o auxílio, totalizando R$ 98,200 milhões, injetados na economia paraense.

Também em virtude da pandemia da Covid-19, outras categorias profissionais foram impedidas de trabalhar, normalmente, como os músicos, garçons e trabalhadores da noite. O técnico de iluminação Leonardo Melo, de 30 anos, é um entre centenas de pessoas que ficaram sem renda, no Pará, com a proibição das festas e shows em Belém. Ele conta que o período é difícil e que diversificou as atividades para garantir renda.

"Graças a Deus fui beneficiado com esse auxílio de R$ 500, dado pelo governo, e esse valor está vindo em um momento muito delicado para população paraense porque muitos de nós, autônomos, fomos muito prejudicados, então esse valor já ajuda a nossa renda, vai ajudar bastante nessa complementação", disse ele, que atualmente está trabalhando com vendas.

O auxílio recebido por Leonardo integra o benefício do governo estadual que, por meio do Banco do Estado do Pará (Banpará), paga o único valor de R$ 500, para garçons, manicures, barbeiros, cabeleireiros, maquiadores, profissionais ligados à música e educadores físicos autônomos. Até o momento, 42.320 paraenses foram beneficiados com a medida, que já teve R$ 23,600 milhões, liberados pelo governo estadual.

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