As mãos são a principal via de transmissão de microrganismos ao corpo, os quais podem afetar a saúde humana. Higienizá-las é uma medida que previne a propagação de infecções relacionadas à assistência à saúde e salva vidas.
Na próxima quarta-feira (05), é o Dia Mundial de Higienização das Mãos. Para reforçar a importância do tema na sociedade, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, unidade do Governo do Estado, gerenciado pela Pró-Saúde, desenvolverá ações educativas alusivas ao dia comemorativo.
A aparição de uma das personagens do filme Guerras nas Estrelas, o vilão Darth Vader, deve fazer parte da ação lúdica de sensibilização do Oncológico Infantil sobre os perigos da não higienização as mãos.
Higienizar as mãos é uma das seis metas do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), criado pelo Ministério da Saúde. Este ato é uma atitude que, sem dúvida, aprimora a qualidade dos serviços assistenciais.
A médica infectologista do Serviço de Combate à Infecção Hospitalar (SCIH) do Oncológico Infantil, Ilce Menezes, destaca a relevância dessa prática para os profissionais de saúde, que também serão envolvidos na ação.
“Com a ocorrência da pandemia do novo coronavírus, ficou evidente a importância da higienização das mãos no impacto da prevenção de infecções, sendo esta medida ressaltada, ainda mais, pelas autoridades sanitárias. Pois, além de proteger o paciente contra a transmissão de micro-organismos veiculados pelas mãos, garante também a segurança dos profissionais de saúde que prestam os cuidados.”
“As razões de se higienizar as mãos é que, além de proteger o paciente contra microrganismos potencialmente letais que estão presentes nas mãos ou na pele do paciente, protege o profissional de saúde e o ambiente hospitalar em que ele atua”, acrescenta a infectologista sobre os principais perigos de contaminação provocados pela falta de atenção à higienização.
Adrielle Monteiro, enfermeira da Pró-Saúde no SCIH, destaca a importância do tema e da estratégia planejada para o evento. “Abordaremos uma das principais medidas preventivas - a higienização das mãos. O interessante é que o lúdico tem uma força incrível em atrair a atenção das pessoas e, neste caso, é algo necessário, principalmente dentro do contexto hospitalar. Planejamos com todo cuidado, pois sempre fazemos a melhor entrega para os nossos profissionais e usuários dos serviços do hospital. Quando eu higienizo as minhas mãos não me importo somente comigo, mas com o outro também”, afirma a enfermeira.
*Vilão no cinema, “mocinho” na prevenção*
Mattheus Carvalho, enfermeiro do SCIH do hospital, conta que ele e os colegas de sua equipe de trabalho tiveram a ideia de que uma caracterização seria bem interessante e daria um tom de descontração.
“Foi aí que pensei em usar alguns acessórios do vilão, tudo para garantir a atenção do público para o tema”, revela.
O enfermeiro explica o motivo da escolha em “protagonizar” o papel do vilão na ação educativa. “Ele usa máscara, mantém o distanciamento e ainda usa luvas, significa que tem total preocupação com a proteção. Então, podemos dizer que, nesse contexto, ele se torna 'mocinho' em nos ajudar nessa nossa importante missão”, acrescentou.
Na “batalha” de conscientizar pacientes e seus acompanhantes que utilizam os serviços ambulatoriais do hospital, o enfermeiro caracterizado de Darth Vader executa uma atividade pedagógica que conta com o uso de um gel simulador de contaminações, utilizado em treinamento. Será feita uma demonstração do produto na região das mãos, friccionando-o entre dedos, unhas e pulso, mostrando como higienizar as mãos corretamente.
O enfermeiro Mattheus Carvalho diz que o clímax da ação será atingido com o uso do sabre de luz, objeto semelhante a uma espada, de energia ficcional, destaque no universo de Star Wars. A “espada” terá luz ultra violeta, popularmente conhecida como luz negra. “O uso desse recurso deixa as crianças animadas, até o adulto fica assim, quando vê o exemplo de que a higienização não feita de modo correto. A ideia é mostrar que houve falha na hora da higienização”, antecipa.
Uma “caixa mágica” também será utilizada no setor de Triagem do hospital. A estratégica pedagógica envolverá a população que busca os serviços na unidade hospitalar. A caixa também expõe sob luz negra como ficam as mãos quando a higienização não é feita de forma correta, indicando que não houve a eliminação de micro-organismos presentes na pele; os pontos onde ocorreram falhas na lavagem ficam em evidência.
Para redobrar a prática de higienização, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) implantou, em junho de 2020, o Time Guardiões dos Maninhos, iniciativa que empodera a equipe para os cuidados rigorosos com a limpeza das mãos e, principalmente, alavanca a prática e o fortalecimento dos cuidados desempenhados pela equipe, proporcionando um atendimento seguro, diminuindo riscos e reforçando a cultura hospitalar da higienização das mãos.
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