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DIVERSIDADE

Lutas e debates no Dia Internacional Contra a Homofobia

Ações para a população LGBTI estão ocorrendo em programação realizada em Belém nesta segunda-feira (17)

Imagem ilustrativa da notícia Lutas e debates no Dia
Internacional Contra a Homofobia camera Lilian Tufão com quase uma década de carreira é exemplo de resistência e sucesso na luta | Divulgação

Mensagens coloridas e repletas de frases de apoio, o Dia Nacional do Orgulho Gay, celebrado dia 25 de março, no Brasil, é marcado por uma série de manifestações que demonstram que as pessoas não estão desemparadas. Mas será que a partir do dia 26 de março as coisas mudam?

Quase dois meses depois, em 17 de maio, é o Dia Internacional Contra a Homofobia, mais um dia para demonstrar resistência. Resistência porque foi apenas no dia 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças.

Lilian Tufão, mulher transexual, mãe e cantora. A artista leva o som do Pará com a sua voz marcante. De Abaetetuba, há 9 anos, a artista vive de música com uma carreira solo, que comtempla o canto e a composição.

Lilian soma três trabalhos autorais com participações das bandas Nega Lora, Fruto Sensual e Xeiro Verde. Assim como muitos artistas, na pandemia ela tem realizado lives.

“Meu repertório e eclético, mas minhas composições e lançamento são mais para o calypso e melody. Em junho vou lançar um trabalho no ritmo calypso com uma parceria”, antecipou.

Alta e com longos cabelos, Lilian é pura sensualidade nos palcos. “Graças a Deus a aceitação em relação a minha carreia foi ótima, ganhar colegas maravilhosos da música paraense é especial, além claro, de ter um público me seguindo e que curte e reconhece meu trabalho enquanto artista e mulher, é grandioso”, enfatizou.

A cantora já passou por situações constrangedoras, mas ela sabe o quanto é privilegiada em não se sentir violentada ou acuada com atitudes homofóbicas.

“O que eu enfrento são pequenas relacionadas a que muitas passam, preciso lidar apenas com olhares, conversinha baixas e dedos apontados. No meu caso, isso vem mais das mulheres. Já vi muitas pedindo para que seu marido não olhassem pra mim”, explicou.

Lilian relembra uma história dolorosa que passou na sua cidade. Um casal foi para frente do palco olhar no meio das pernas da cantora, para vê se ela era homem ou mulher. Li nos lábios dele quando disse que não tinha pagado para ver viado cantando e eles foram embora. Foi uma situação difícil, mas não me abalou, já que era apenas duas pessoas diante de uma multidão que cantava e dançava comigo. As pessoas me aplaudindo me fez perceber que estou no caminho certo e que nenhum preconceito vai me derrubar”, analisou.

“Sempre iremos encontrar a homofobia, mas creio que o amor e a perseverança naquilo que queremos, vence qualquer obstáculo. Estou vencendo através da minha voz, levando alegria nas noites paraenses”, finalizou.

PERDA DA GUARDA DOS FILHOS

Sabemos que muitos não têm a sorte de Lilian e passam por situações preconceituosas difícil de lidar. Um caso que merece destaque é o de Bárbara Pastana. A ativista travesti, perdeu a guarda do filho de 7 anos ao postar um vídeo da criança usando uma peruca. Algumas pessoas apontam o caso como transfobia.

O motivo seria possível constrangimento que ela fez o filho passar ao usar o acessório, porém, o ato seria o contrário para quem defende a causa. Mostrar ao garoto a variação de gênero não tem nada de errado.

EM BELÉM

Dada a necessidade de reconhecer e garantir os direitos e deveres iguais das pessoas várias ações são realizadas. A Prefeitura de Belém, por exemplo, atua através da Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDV).

No dia de hoje, várias ações ocorrem no Centur. Além de serviços, performancers e uma programação cultural voltada ao seguimento de inclusão e respeito à diversidade.

A CDV viabiliza políticas públicas junto a PMB para a população LGBTI. O contato direto com a sociedade civil é capaz de avaliar as demandas mais necessárias. Além, de estabelecer um canal de comunicação com a delegacia de crimes discriminatórios.

DADOS

No Brasil, em 2020, ocorreram 237 mortes violentas de LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Foram 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). Os dados da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia, foram divulgado na último dia 14 de maio.

Só este ano, em março, já ocorreram nove assassinatos de pessoas LGBTI no Pará, três deles em Belém, sendo um com duplo assassinato. As informações são do CDS.

CRIME

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu permitir a criminalização da homofobia e da transfobia. Atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

A pena pode chegar de um a três anos, além de multa.

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