Considerado por legislação federal como serviço essencial, o transporte coletivo rodoviário não parou durante a pandemia, em Belém. Trabalhadores do transporte reclamam das condições de trabalho e de defasagem nos salários. Não está descartada a possibilidade de greve.

Rodoviários da Monte Cristo paralisam atividades em Belém

Representantes do Sindicato dos Rodoviários e das empresas que operam o transporte coletivo em Belém estão em reunião na manhã desta quarta-feira (26) para discutir as reivindicações dos trabalhadores da classe. Após esse encontro, que ocorre virtualmente, o Sindicato fará assembleia geral às 17h, na qual será debatida a possibilidade de greve.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém, Everton Paixão, já houve pelo menos quatro tentativas de diálogo dos trabalhadores com as empresas, em busca de restabelecimento de perdas salariais e do resguardo de direitos como tíquete alimentação e auxílio para atendimento médico.

“Nossa intenção não é parar a cidade, nossa intenção não é fazer greve, mas só quero deixar bem claro que ano passado, com o início da pandemia e depois de vários decretos municipais e estaduais, o transporte não parou. O transporte ficou funcionando na cidade e, só para deixar bem claro, com muitos motoristas e cobradores adoecendo. Muitos trabalhadores e pais de famílias foram a óbito. Quero deixar registrado isso, e o empresário hoje e sempre dizendo que ‘tá’ no vermelho, que não dá. Todo ano foi assim”, expôs o sindicalista em entrevista para a Rádio Clube do Pará.

A assessoria de comunicação do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) informou à reportagem do DOL que fará um comunicado à imprensa, a respeito das reivindicações dos trabalhadores do setor, após o encerramento da reunião da manhã de hoje.

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