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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Polícia Civil vai apurar conduta de servidor em atendimento

Servidor da PC teria negado atendimento e gritado para vítima de violência doméstica procurar o Governador do Estado

Imagem ilustrativa da notícia Polícia Civil vai apurar conduta de servidor em atendimento camera Mulher gravou um vídeo após não ser atendida | Reprodução

A criminologia é uma ciência interdisciplinar que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social do comportamento delitivo. Um dos conceitos da criminologia é o de vitimização secundária, que ocorre quando a vítima de um crime procura uma instituição formal que deveria ampará-la (uma delegacia, por exemplo) e não recebe o apoio devido, passando por outros momentos de constrangimento e sofrimento.

Entre silêncios e gritos de socorro: machismo e culpabilização das vítimas matam mulheres todos os dias

Um exemplo claro de vitimização secundária aconteceu na madrugada de sábado (5), quando uma mulher procurou a Unidade Integrada Pará Paz (UIPP – Cabanagem) para registrar uma ocorrência de violência doméstica. A mulher teve o atendimento recusado na unidade e gravou um vídeo no qual falou sobre a forma como foi tratada no local.

“O cara acabou de me falar que posso até falar com o Helder [Barbalho, Governador do Estado], que ninguém vai me atender agora, que não tem escrivão, não tem escrivão. Então, eu não posso fazer uma ocorrência, de violência porque...eu posso até falar com o Helder, ele gritou comigo”, disse a mulher, com hematomas visíveis no rosto.

O governador Helder Barbalho fez um pronunciamento sobre o caso, nas redes sociais. Segundo o governador, a Polícia Civil lamentou o ocorrido. A conduta do servidor mencionado será alvo de apuração pela Corregedoria da instituição.

A mulher conseguiu atendimento na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Ananindeua, tendo recebido a concessão de medidas protetivas de urgência.

Denuncie

Caso você tenha conhecimento sobre algum caso de violência contra a mulher, entre em contato com o disque-denúncia (181) ou com o Centro Integrado de Operações (190).

Outro serviço, mantido pelo Governo Federal, é a Central de Atendimento à Mulher. Ligue 180 para encaminhar denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes. Os serviços garantem o anonimato ao denunciante.

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