Na segunda audiência pública da CPI da Vale que ocorreu nesta quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), pesquisadores e representantes de instituições da área tributária e minerária apresentaram dados sobre o mercado envolvendo a empresa Vale S.A.

Com o tema “As Práticas de Preços Externos e Repasses de Recursos aos Municípios Paraenses Pela Empresa”, os convidados abordaram  sobre as práticas econômicas e financeiras exercidas pela empresa Vale as quais os municípios paraenses estão submetidos.

O presidente da CPI, deputado Eraldo Pimenta, reforçou que o objetivo  dos trabalho não é prejudicar a Vale, mas defender as riquezas minerais do Estado do Pará. 

“Nós não somos contra a empresa, somos progressistas e favoráveis aos investimentos, o que a gente não pode admitir é essa discrepância que há entre as diferenças de investimentos e de retorno social e financeiro ao Pará, que é um estado produtor de minérios, que produz a maior riqueza do mundo e deixa tão pouco para o Estado”, afirmou.

Segundo dados apresentados pela professora Maria Amélia Henriquez,  da Universidade Federal do Pará (UFPA), o Estado conseguiu a liderança na produção mineral com valores que superam o orçamento do governo estadual. 

“Com quase 100 bilhões de reais, o Pará tem gerado liderança nos valores da produção minerária. Isso é quase quatro vezes o orçamento do Estado. Hoje, o Pará representa quase 47% da produção do valor da produção mineral, isso significa um feito muito grande e representa o segundo em estado de exportação.

Nesse contexto, de janeiro a maio deste ano o Pará somou 11 bilhões de dólares, enquanto no ano passado o montante foi de 20 bilhões. A expectativa é que a oferta de divisas tenha um novo recorde para o país.

Ricardo Atanázio, representando a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa),  também destacou o faturamento recorde: ”o Pará obteve 97 bilhões de faturamento em 2020”.

Os trabalhos da CPI continuam na próxima semana com visitas às instalações da Vale em Marabá, Parauapebas e Canaã dos Carajás.

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