Belém está entre as cidades brasileiras que terão, neste sábado, uma manifestação pública contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ato irá ocorrer um dia depois dele cumprir agenda oficial no Estado do Pará e vai mobilizar professores, estudantes e cidadãos que estão insatisfeitos com a falta de responsabilidade de Bolsonaro quanto ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. A passeata sairá do Mercado de São Brás em direção a Praça da República, no centro da cidade e, segundo os organizadores, todos os participantes deverão usar máscaras, manter o distanciamento social e usar álcool em gel para higienizar as mãos.
Entre as organizações que estão à frente da manifestação está o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino no Pará (Sindtifes), que levará para o ato a pauta sobre os cortes feitos pelo governo federal na Educação, que em todo o país chegam a um bilhão de reais. Na Universidade Federal do Pará (UFPA) o corte ultrapassa R$ 30 milhões e os prejuízos devem atingir tudo o que a instituição realiza, tais como o ensino, a pesquisa, a extensão, a assistência à população e o apoio à inovação nas empresas.
Bolsonaro vai entregar títulos de terra em Marabá
De acordo com o Sindtifes, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) anunciou, no mês passado, que os recentes cortes no orçamento impedem o crescimento da universidade e afetam o pagamento de serviços básicos, como energia, limpeza e segurança, além de bolsas de assistência estudantil e de pesquisa.
“O ato do ‘19 de junho’ faz parte de um calendário nacional e internacional da agenda pelo #forabolsonaro. Haverá manifestação em cidades de outros países, como a Argentina, contra esse governo (federal)”, destaca Taís Ranieri, coordenadora do Sindtifes. “Serão milhares de pessoas indo às ruas contra esse governo que tem como uma de suas características ser contra os direitos da classe trabalhadora”, completa.
A morosidade do governo federal para comprar vacinas e a insistência de Bolsonaro em tratamentos com medicamentos sem eficácia contra a Covid-19 serão os maiores motivos da manifestação. “A gente sabe que a pandemia não acabou, vamos seguir protocolos e cuidados - mesmo quem já foi vacinado - e se estamos indo às ruas é porque estamos indo em defesa da vida.”
Jair Bolsonaro cumpre agenda no Pará nesta sexta-feira
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) cumpre agenda hoje no Pará. A visita começa pela região sudeste, onde participa, em Marabá, de cerimônia de entrega de títulos de propriedades para produtores rurais locais. O evento será no Parque de Exposições José Francisco Diamantino, às 12h, segundo o Palácio do Planalto.
Em seguida, o presidente e sua comitiva, que inclui o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, seguem para o município de Novo Repartimento, onde inauguram um trecho de 102 quilômetros de pavimentação da Rodovia Transamazônica – BR-230, que faz a ligação até o município de Itupiranga. A obra recebeu investimento no valor de R$ 219 milhões. Ainda em Novo Repartimento, o presidente, junto com o ministro Tarcísio Freitas, assina a Ordem de Serviço para início das obras da ponte sobre o Rio Xingu, na Fazenda Alto Bonito, na rodovia BR-230, entre as cidades de Anapu e Altamira.
O presidente da República também é aguardado em Belém para as comemorações dos 110 anos da Assembleia de Deus, em evento previsto para começar às 19h. O Palácio do Planalto, no entanto, não confirmou oficialmente esta agenda. Os organizadores, porém, dão como certa a presença de Jair Bolsonaro.
MARABÁ
Em Marabá, o presidente fará a entrega de 50 mil títulos de terra definitivos e provisórios. A chegada do presidente está prevista para às 11h no aeroporto João Corrêa da Rocha. Com ele também virá a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo de Melo Filho e outras autoridades.
O evento ocorrerá no Parque de Exposições José Francisco Diamantino, na BR-155, onde uma grande estrutura foi montada. A solenidade será de portas abertas, o que preocupa as autoridades sanitárias, pois é esperada grande aglomeração, uma vez que caravanas de outros municípios da região estão indo a Marabá participar da solenidade.
A expectativa dos organizadores é que o evento reúna cerca de cinco mil pessoas. O diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Antônio Vieira Caetano, o “Neném do Manelão”, afirma que será oferecido para o presidente e comitiva, além das autoridades, um coffee break no escritório do sindicato. Também será oferecido um grande churrasco para os todos os presentes. (Com informações de Luiza Mello)
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