Mesmo com 3,8 milhões de brasileiros trabalhando de forma remota antes da pandemia, em janeiro do ano passado era quase impossível pensar que grande parte da população do mundo estaria trabalhando de casa em apenas alguns meses. Um ano depois é difícil planejar o futuro sem considerar o modelo de trabalho home office. Foi o que aconteceu com a empresa Latina Comunicadores, em Belém.
“No dia 16 de março iniciamos as atividades na nova sede. No dia 20 de março, quatro dias depois, entramos em sistema de home office. Durante o processo de mudança, as notícias do agravamento da pandemia já nos preocupavam. A movimentação de algumas empresas, no sentido de ajustarem-se ao trabalho remoto e a iminência de um lockdown, colocou nossos pés no chão depois da empolgação de iniciar uma nova sede”, conta o empresário Juan Diego Correa da Latina Comunicadores e vice-presidente de desenvolvimento da ADVB.
A Latina tem a frente tem os empresários, Juan Diego Correa e Elizio Eluan Junior, e atua há oito anos no mercado. A agência é reconhecida na Região pela sua expertise em Comunicação 360 graus: publicidade, branding, design, eventos, comunicação online, ações promocionais. Além disso, a empresa coleciona prêmios importantes como sete troféus no Prêmio Diário do Pará de Publicidade, sendo 5 de ouro e 2 Top de Marketing ADVB PA. A agência é associada à ADVB/PA, filiada ao SINAPRO/PA e certificada pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP).
Um levantamento realizado pela empresa de consultoria BTA aponta que, devido a pandemia, o modelo de trabalho home office se tornou o padrão para ao menos 43% das empresas brasileiras. Para a maioria dos negócios, a transição foi complicada até meados de março de 2020, quando muitas empresas ainda não tinham protocolos e nem softwares para que suas equipes pudessem trabalhar remotamente.
Na Latina não foi diferente. Para dar continuidade ao trabalho, a empresa belenense disponibilizou computadores aos funcionários e abasteceu os equipamentos com arquivos emergenciais, além de ter criado um sistema VPN de conexão com o servidor da agência para que todos conseguissem acionar os arquivos de casa. O aplicativo de gerenciamento da empresa foi convertido em sistema cloud, levando todos os dados para as nuvens. Foi criado ainda um protocolo interno de atendimento remoto e passou a intensificar uso de aplicativos de mensagem e reunião em vídeo, agenda online compartilhada e uso de e-mails com algumas regras para melhor identificação dos assuntos e mensagens e segundo o empresário, o sistema funcionou.
“Estávamos acostumados a conviver com o mínimo de paredes possível entre nós, mas o mais importante era não deixar nossos clientes sentirem a diferença na qualidade do atendimento e serviço e continuarmos presentes como sempre estivemos, seja em visita, seja em aplicativos de mensagens, seja por e-mails, como já fazíamos”, considera o diretor da Latina Elízio Eluan Jr.
Uma pesquisa realizada pela Pulses em 2020 mostrou que, mesmo durante a pandemia, 78% dos brasileiros se sentem mais produtivos trabalhando remotamente e o gestor da Latina comprova o dado. “Era assustadora a possibilidade de uma contaminação se alastrar pela agência e, consequentemente, para as famílias. Não sabíamos mensurar o impacto que o home office teria em nossa produtividade. Mas era muito mais importante perder produtividade e preservar a saúde e a vida das famílias. O resultado foi que não perdemos produtividade e preservamos ao máximo a saúde das pessoas no que dependia de nós”, explica Elízio.
Ainda sobre o processo de adaptação, o empresário conta que a Latina passou por momentos difíceis com a diminuição da equipe, como consequência de quedas no faturamento. Mas também destaca a responsabilidade com os funcionários desligados.
“É natural, mas doloroso também. Quando as empresas têm dificuldades, as agências de publicidade, que são o dedo no pulso do mercado, são as primeiras a sentir o impacto. Foram momentos de grande dificuldade, mas nosso maior orgulho, dentro de todos os desafios que ainda estamos vencendo para superar o momento de pandemia, foi não ter atrasado em nenhum dia os salários e nem ter deixado de cumprir nenhuma das missões dadas pelos nossos parceiros clientes, que também, assim como nós, estavam passando por dificuldades. Ao mesmo tempo em que não podíamos deixar de demitir, já procurávamos vagas para estas pessoas desligadas, para ninguém ficar desamparado. Isso era importante”, relembra Juan Diego.
Outro grande desafio foi adequar a perda de faturamento da empresa à esta realidade. Diego foi o principal responsável por negociar com diversos fornecedores melhores condições de pagamento, melhores preços, desfazer custos desnecessários e adequar despesas. “Toda a equipe se envolveu com os desafios da nova realidade, se adaptando como podiam às suas casas, à nova forma de se comunicar, à conciliar trabalho e família lado a lado, a atender da melhor forma possível os clientes e a manter a nossa qualidade de trabalho”, detalha o empresário.
Com todo o cenário complicado, a empresa ainda conseguiu se engajar em ações relevantes como o site levopravc.com.br, que divulga trabalhos de autônomos e pequenas empresas gratuitamente. Preferencialmente trabalhos que levavam algo para a casa das pessoas que estavam em isolamento social, seja através de delivery, seja através de vídeo.
A outra foi a campanha sobre a importância da vacinação, uma parceria com a produtora FX e diversos veículos de comunicação, inclusive a RBATV.
E depois de tantos desafios a Latina Comunicadores, a empresa está mais confiante e possivelmente “mais preparada” para uma possível terceira onda. “Em termos de processo de trabalho, sim, estamos preparados para qualquer onda. Acredito que financeiramente também. No entanto, a cada onda, precisamos dar dois passos para trás, principalmente em termos de finanças. A segunda onda, por exemplo, para nós, foi tão difícil quanto a primeira. Então, nossa torcida é que a sociedade se conscientize em relação às medidas de distanciamento, higienização e uso de máscaras, além da vacinação, que é a nossa grande esperança hoje para que não tenhamos nenhuma onda a mais”, considera Elízio Eluan.
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