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Comidas juninas estão mais caras, segundo o Dieese

Variação de um prato típico vendido entre um local e outro pode chegar a R$ 7. Por isso, consumidores preferem pesquisar o melhor custo-benefício ou até mesmo fazer em casa

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Imagem ilustrativa da notícia Comidas juninas estão mais caras, segundo o Dieese camera Nilson Cardoso mantém clientes vendendo pratos mais baratos com compra antecipada | Wagner Almeida

De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pa), a comida típica junina está mais cara e a variação de alguns produtos entre um estabelecimento e outro pode chegar a R$ 7.

Como a fatia do bolo (macaxeira, tapioca, podre, chocolate, milho e etc), que varia entre R$ 5 e R$ 12 de acordo com o local onde é vendida. Por isso, tem gente que prefere comer em casa. É o caso da aposentada Marlene Fernandes, 55 anos, que prefere esperar a ocasião ideal para saborear as iguarias do mês. “Eu não costumo comer na rua todas as vezes, mas adoro mingau. Quando bate à vontade eu tomo um aqui no supermercado”, afirma.

Em um supermercado do bairro do Marco foi criado um espaço exclusivo para venda de comidas típicas, que fazem o gosto dos clientes, como José Maria Monteiro, 55. Porém os preços já não agradam tanto. “A gente nota que aumentou. Mas não foi só isso. Tudo aumentou, então a gente come algumas vezes, mas nem sempre é possível fazer vontade. Se depender da gente, sempre é um mingau, uma canjica, um bolo podre”, frisa.

O empresário Nilson Cardoso, 66 anos, administra há 28 uma venda de comidas típicas, iniciadas com a mãe. Hoje, em suas mãos, ele não abre mão das festas, decorações e muita música. Nilson garante que os clientes adoram. “Eu preciso me reinventar todos os anos. Esse esforço é compensado quando os clientes elogiam e retornam sempre que podem. Aqui trabalho com preços acessíveis e produtos de qualidade. É um padrão e eu não abromão dele”, garante.

Nilson costuma pesquisar bastante antes de fazer seu estoque. Antes do mês de junho, ele garante ter armazenados todo material que precisa para a infinidade de comidas, que variam entre bolos, tortas, lasanhas, pratos típicos, que muitas vezes saem abaixo da média. Conforme o estudo do Dieese, um prato de Maniçoba, por exemplo, pode custar entre R$ 15,00 e R$ 20,00. No comércio do empresário, no bairro de Canudos, a mesma iguaria é vendida a partir de R$ 10,00.

“Eu pesquiso bastante. Em maio, o maço do jambu custava R$ 2,00. Em junho já estava R$ 3,00. O quilo do camarão custava R$45,00 e agora está R$ 50,00. Diante disso, eu consigo ter um preço bom e um produto de qualidade. Prefiro vender pouco com bons preços do que aumentar e não vender nada”, assegura ele.

PESQUISA

Produtos com maiores e menores preços

- Tacaca- Cuia -Unid. R$ 10,00 a R$16,00

- Vatapá (Prato) - R$ 15,00a R$ 20,00

- Maniçoba - (Prato) - R$ 15,00 a R$ 20,00

- Caruru - (Prato) - R$ 15,00 a R$ 20,00

- Arroz Paraense - (prato) R$ 15,00 a R$ 18,00

- Mingau de Milho - Copo 300 ml R$ 4,00 a R$ 10,00

- Mingau de Tapioca - Copo 300 ml R$ 4,00 a R$ 10,00

- Bolo Fatia (Macaxeira, Tapioca/Podre, Chocolate, Milho, etc.) R$ 5,00 a R$ 12,00

- Canjiquinha- Fatia R$ 5,00 a R$ 8,00

- Cocada – Unid. (Branca / Coco, Maracujá, etc.) R$ 5,00 a R$ 6,00

- Paçoca - Pc R$ 5,00 a R$ 6,00

- Pudim Fatia (Leite, Maracujá, Cupuaçu, Milho,

- Macaxeira, Tapioca, etc.) R$ 5,00 a R$ 12,00

- Quindim Fatia R$ 5,00 a R$ 7,00

- Rosquinha de Tapioca R$ 5,00 a R$ 8,00

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