A pandemia da Covid-19 tem sido desafiadora para os trabalhadores da área da saúde. A luta para salvar o maior número de pessoas possíveis que estão acometidas pelo coronavírus é o principal objetivo de todos que atuam direta e indiretamente nos hospitais de campanha espalhados por todo o Pará.
O Hospital de Campanha instalado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, já recebeu 6.787 pacientes desde abril de 2020, quando a pandemia de Covid-19 começou a fazer vítimas entre a população paraense. Do total, 4.551 pessoas receberam alta médica e 320 foram transferidos. Na manhã desta terça-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que estão internados 113 pessoas, 56 das quais em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ainda que a taxa de ocupação de leitos exclusivos para Covid-19 tenha diminuído, com risco intermediário em todo o Pará, a doença continua causando experiências dolorosas.
Marina Lima Lavareda, 29 anos, é de Belém e teve alta médica nesta segunda (21), após ficar internada no Hospital de Campanha do Hangar durante cinco dias. “A palavra que define é gratidão. Para mim, passar por essa doença foi aterrorizante. Eu nunca senti tanto medo assim na minha vida e sou grata por estar viva. Não precisei ir para a UTI, mas tive que ficar sob uso de oxigênio”, lembra a paciente.
Passados os momentos mais desesperadores, ela faz questão de frisar o bom atendimento recebido na Unidade. “Agora, saindo, eu consigo agradecer! Eu sei que esses profissionais estão aqui para salvar e sou grata. Depois de Deus, esses profissionais são anjos nas nossas vidas. Eu peço muita proteção para todos, porque essa doença não é brincadeira”, alerta Marina.
Rômulo Rodovalho, secretário de Estado de Saúde do Pará, destaca que o serviço prestado se estende à rede estadual, recebendo casos de diversos municípios. "O papel do Hospital de Campanha do Hangar é fundamental para o tratamento contra a Covid-19 no Estado. Ao atingir a marca de 4.500 altas, a unidade ressalta ainda mais o compromisso do governo estadual no combate à doença, atendendo não somente pacientes da Região Metropolitana, mas também de outras regiões do Pará”, afirmou o titular da Sespa.
DO INTERIOR
Maria Dalva de Brito Gomes, 53 anos, é uma dessas pacientes de fora da capital. Ela também recebeu alta nesta segunda (21), após uma semana de internação. “Se eu tivesse ficado lá na minha cidade, talvez teria morrido. O tratamento aqui foi incrível. Eu fiquei internada por quatro dias em Santarém e recebi alta, mas, como não melhorei, os médicos acharam melhor eu ser transferida para o Hangar. Aqui, eu me sinto bem melhor, estou recuperada. Não me arrependo nenhum pouco de ter vindo para cá, eu estava com muita falta de ar e bem cansada, e agora estou bem. Quero agradecer aos funcionários do Hangar que me trataram tão bem. Peço que Deus cuide e dê força a cada um aqui dentro”, desejou Maria Dalva.
A recuperação de cada paciente é celebrada na Unidade, como salienta a diretora técnica Bárbara Freire. “Hoje são mais de 4.500 altas registradas no Hospital de Campanha do Hangar. Essa é a comprovação do esforço de todos que estão aqui dentro atuando para a melhora de cada paciente. O momento em que esses pacientes retornam para seus lares é a nossa recompensa, nos traz felicidade e esperança. Os números demonstram que estamos seguindo na direção certa, sempre com o desejo, o cuidado e a dedicação necessários para que essas pessoas se recuperem”, pontuou.
Para garantir a qualidade da prestação do serviço, o Governo do Estado investe em qualificação, como por exemplo, a Oficina de Segurança do Paciente no Hangar, que visa a ampliar os conhecimentos envolvendo as seis metas internacionais, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os cuidados intensivos têm contribuído para recuperações de casos graves de pacientes e o retorno às famílias.
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