A trajetória do preço do gás de cozinha de 13 quilos consumido pelos paraenses e comercializado em postos de revenda da capital acumulou alta de quase 16% somente este ano, de janeiro a maio, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), com base em informações oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado no preço do produto também atingiu crescimento de cerca de 30% contra uma inflação calculada em 8,90%para o mesmo período.
Em maio de 2020, o preço do produto foi comercializado em média a R$ 71,32 e encerrou o ano, em dezembro, a R$ 80,11. No início deste ano, em janeiro, foi vendido, sempre em média, a R$ 82,94; em abril a R$ 91,45; e em maio a R$ 92,82. Com isso, o preço médio do botijão de gás de cozinha ficou 1,50% mais caro no mês passado em relação aos preços médios verificados no mês de abril.
Ainda segundo as análises do Dieese/PA, em termos de impacto, até o mês passado, quem ganhava em Belém um salário mínimo (R$ 1.100,00) tinha um impacto em torno de 8,4% por mês na compra de um botijão de gás de cozinha de 13 quilos.
Este aumento no preço observado nos últimos 12 meses também se estendeu por todo o Estado. Em algumas regiões a situação foi bem pior, pois o preço do botijão já é comercializado hoje a mais de R$ 100.
Segundo o Dieese/PA, a situação é preocupante em função da importância do gás de cozinha para grande parte das famílias que estão desempregadas, que tiveram queda de renda e nem mesmo conseguiram o auxílio emergencial.
Somente nos primeiros cinco meses de 2021, a Petrobras promoveu oficialmente cinco alterações no preço do gás de cozinha, todas com altas de preços.
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