A expectativa para ser imunizado contra o coronavírus é grande, pois há ali também uma dose de segurança, alívio e esperança. No entanto, com a aceleração do processo de vacinação, é preciso ficar alerta e tomar corretamente as doses da vacina.
Uma jovem, que pediu para não ser identificada, procurou o DOL na manhã desta quarta-feira (23), para denunciar que recebeu a primeira dose de um fabricante e a segundo de outro, ao ser vacinada contra Covid-19, em Belém.
Segundo ela, primeiramente tomou a AstraZeneca, na Universidade do Estado do Pará (UEPA), e depois, recebeu a segunda dose da Pfizer, no Colégio do Carmo, adiantada pela Prefeitura de Belém para ontem (22).
"No meu cartão de vacina consta dia 17/4 a primeira dose. Completando o período calculado corretamente, o meu dia seria 30/6, mas eles adiantaram para ontem. Da primeira vez, foi excelente. Eles mostraram até qual dose eu estava tomando. Dessa vez, foi uma bagunça. A única pessoa que sabia o que tava fazendo era a coordenadora. Foi tudo muito rápido, o posto tinha as três vacinas disponíveis e a técnica não olhou o cartão. Como não tinha identificado qual era a vacina em placa ou qualquer coisa, ela só notou após ter me vacinado e ido carimbar a segunda dose", denuncia ela.
De acordo com a jovem, o objetivo é alertar para que as pessoas perguntem antes e não passem pela mesma situação. "Eu fiquei muito chateada com isso. Passei 1h30 na fila pra aplicarem a vacina errada. A técnica que me aplicou estava numa pressa doida (sic), nem me posicionou direito, eu que ajeitei o braço de acordo com o que tinha feito na primeira dose", explica ela.
Segundo ela, a ocorrência foi registrada no sistema. "O técnico que estava abastecendo as seringas falou de forma rude comigo, algo do tipo 'com tanta gente, a gente comete erro mesmo'. A técnica nem sequer me pediu desculpas. Refletindo depois eu entendi que eles não queriam identificar, pois deve haver pessoas que querem escolher qual vacina vão tomar, entende? Mas, a responsável falou que registrou a ocorrência no sistema e que eles entrariam em contato comigo", frisa ela.
Combinações de doses
Uma matéria divulgada também nesta quarta-feira (23), no portal Exame, trazem estudos realizados no Reino Unido e na Espanha, que mostraram que é eficaz a administração de uma segunda dose com vacinas de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer/BioNTech, em pessoas que receberam a primeira dose da Oxford/AstraZeneca.
De acordo com Juan Pablo Torres, infectologista e pediatra da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile, " estudos mostram que as reações à combinação da vacina AstraZeneca com a Pfizer não são graves e estão dentro do esperado. Dores no local da injeção, febre e dores no corpo algumas horas após se vacinar".
O Chile, inclusive, já começa usar vacina da Pfizer para substituir 2ª dose da AstraZeneca. Assim como ele, o o Brasil tem a Coronavac como vacina mais aplicada.
Prefeitura de Belém
Para dirimir as dúvidas, o DOL entrou em contato com a Prefeitura de Belém para saber se a combinação de doses de vacinas diferentes pode dar algum problema/reação; de que forma os profissionais estão sendo orientados a se atentar para as doses e de que forma, a pessoa que percebeu que recebeu essa combinação de doses, deve proceder e, aguarda um posicionamento.
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