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COMBATE AO CORONAVÍRUS

Pará é o melhor estado no combate à Covid, aponta FioCruz

Boletim da FioCruz aponta “redução expressiva” no número de óbitos no Pará, Piauí, Acre e Sergipe.

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Imagem ilustrativa da notícia Pará é o melhor estado no combate à Covid, aponta FioCruz camera Bruno Cecim

O Pará tem apresentado tendência de redução de mortes por Covid-19, de acordo com o Boletim Observatório Covid-19 das semanas epidemiológicas 27 e 28, documento que registra a evolução da pandemia em todo o Brasil no período de 4 a 17 de julho de 2021. No comparativo com o boletim anterior, que tratava do período entre 20 de junho e 3 de julho, as mortes causadas por Covid-19 no Pará tiveram redução de 5%. Ainda no comparativo com o boletim anterior, a taxa de incidência de novos casos no Pará apresentou queda de 4,1%.

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Isso indica que, simultaneamente, o estado conseguiu reduzir o número de mortes causadas pela doença, além de ter conseguido frear o aumento de casos. Segundo o Boletim da FioCruz, a queda simultânea da mortalidade e da incidência pode indicar o início de uma tendência de redução da transmissão e da ocorrência de casos graves, o que também se reflete num alívio relativo da demanda por leitos hospitalares.

Pará é o melhor estado no combate à Covid, aponta FioCruz
📷 |Emerson Coe/ DOL

Pará está entre os estados com o menor número de mortes por Covid-19 por milhão de habitantes

De acordo com levantamento feito pelo Portal Poder 360, divulgado na última terça-feira (27), o Pará é o quarto estado brasileiro com o menor número de mortes causadas pela Covid-19 por milhão de habitantes, sendo 1.820 óbitos por milhão. Apenas Maranhão, Bahia e Alagoas apresenta número de óbitos por milhão menores que o Pará.

Segundo dados do Portal de Monitoramento da Covid-19 no Pará, divulgados pela Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sespa) no final da tarde também de terça (27), o estado registra até o momento, 15.990 óbitos pela pandemia, 570.670 casos confirmados e 534.192 pacientes recuperados.

Ocupação de leitos exclusivos para a Covid-19 no Pará

No que se refere à ocupação de leitos UTI Covid-19, desde o dia 12 de julho, a situação de alerta no Pará está em patamar "médio". Esta análise é feita semanalmente pela FioCruz, desde o dia 17 de julho de 2020. No período analisado, o Pará esteve em nível "crítico" durante oito semanas; em nível médio por 17 semanas; e em nível "baixo" por 10 semanas.

Para que tenhamos um parâmetro do que é considerado grave, segundo a FioCruz, uma ocupação de 70% representaria um quadro “extremamente grave” quando comparado a períodos anteriores, no momento em que a oferta de leitos era menor.

No Pará, em boletim atualizado pela Sespa no dia 27 de julho, a ocupação de leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 é de 36,64%; a ocupação de leitos de UTI adulto exclusivas para a Covid-19 é de 60,88%.

Taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos
📷 Taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos || FioCruz

Avanço da vacinação (dados atualizados pela FioCruz em 25/07)

O avanço da vacinação no Brasil tem ocorrido de forma mais lenta do que desejável. Ainda assim, a melhoria do quadro pandêmico no país é uma consequência direta do aumento no número de imunizados, segundo a FioCruz.

Quanto à vacinação, no Pará, 3.029.134 pessoas receberam a 1ª dose da vacina (49,82% da população); receberam a segunda dose ou completaram o ciclo de imunização em dose única (23,65% da população). Em todo o Brasil, 95.453.768 pessoas receberam a 1ª dose (59,64% da população), percentual acima do Pará. No Brasil, 37.545.254 pessoas foram vacinadas com 2ª dose ou dose única (23,46% da população, levemente abaixo do que o comparativo com o Pará).

A propagação da variante Delta — que é altamente transmissível —, assim como a possibilidade de surgimento de outras variantes, é motivo de preocupação para o mundo. As vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus. São especialmente efetivas na prevenção de casos graves, mas podem ter a sua eficácia reduzida frente à variante Delta.

O declínio no número de internações e óbitos é notável em todas as faixas etárias. O início da vacinação de adultos fora da faixa dos 60 anos de idade já mostra sinais de impacto no perfil etário das internações e mortes no Brasil, em especial nas últimas duas semanas. A mediana da idade de internações, internações em terapia intensiva e de óbitos aumentou. Os óbitos, em particular, voltaram a se concentrar entre idosos. Esse novo panorama, reflexo da vacinação de pessoas mais jovens.

De acordo com o Boletim da FioCruz, no Brasil, é fundamental que seja atingida, em curto prazo, uma cobertura vacinal de pelo menos 80% da população elegível com esquema vacinal completo. Também é essencial que a população seja conscientizada sobre a possibilidade de conviver com o coronavírus por tempo prolongado. Isso impõe ajustes que, sem dúvida, afetam comportamentos típicos da nossa cultura no convívio social, seja com pessoas dos nossos círculos afetivos ou não. O uso de máscaras ainda continua e continuará sendo muito importante. Também continuarão importantes a preservação de distanciamento físico, a redução da circulação de pessoas em locais públicos e a diminuição de aglomerações.

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