PA: micro e pequenas empresas geram 81% dos empregos formais

De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, as micro e pequenas empresas paraenses geraram um saldo líquido de 7.316 empregos formais, ou seja, de carteira assinada, e as grandes empresas geraram 2.653 postos em junho deste ano, quantitativo que coloca os pequenos negócios como responsáveis por 73% da geração de emprego no Estado no período.

Os números também são positivos se levado em consideração os primeiros seis meses do ano, quando o saldo acumulado de empregos gerados pelo setor foi de 28.846 vagas, ou 81% da geração de trabalho entre janeiro e junho. Enquanto isso, as grandes empresas geraram 6.985 novos empregos no

mesmo período (19%).

Na avaliação de Rubens Magno, diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Pará, dois eventos paralelos contribuem para esses bons resultados: a necessidade de recolocação para quem perdeu o emprego e empreendeu, e uma maior necessidade de consumo por parte da população em geral.

“O que nós estamos passando é um movimento de recuperação econômica. Há muito a se conquistar, mas os pequenos negócios, por serem mais velozes que as médias e grandes empresas, conseguem rapidamente contratar, se reposicionar no mercado. Outro ponto é a necessidade de consumo, já que a restrição do ir e vir durou muito tempo nesse momento, e agora é um momento mais oportuno para compras”, analisa.

O cenário deve funcionar como estímulo para investimentos em um nicho que cresce e contrata cada vez mais. “É preciso continuar estimulando o pequeno empresário a se fortalecer, continuar se capacitando e entregando seus produtos de forma séria e ágil”, reforça Rubens.

O apoio do Sebrae-PA também entra nessa conta, afirma Rubens Magno. “Nos posicionamos de maneiras diversas, realizando atendimentos presenciais somente quando é mesmo necessário, e com apoio amplificado por plataforma de atendimento digital, gama grande de cursos online e à distância, além de suporte a quem também precisou e precisa da internet para trabalhar, ou do delivery”, exemplifica.