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VACINAS SALVAM VIDAS!

Pará: índice de óbitos entre vacinados com 2ª dose é de 1%

Das 8.775 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave registradas desde o início da vacinação no Pará, 3,6% tinham tomado a primeira dose da vacina

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Imagem ilustrativa da notícia Pará: índice de óbitos entre vacinados com 2ª dose é de 1% camera Ainda faltam 326.027 pessoas tomarem a segunda dose da vacina no Pará. | Alex Ribeiro/Agência Pará

Das 8.775 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocorridas no Pará após o início da vacinação, em 20 de janeiro deste ano, 316 (3,6%) haviam tomado a primeira dose da vacina e apenas 93 (1,05%) haviam tomado a segunda dose. O índice de mortes no Estado aponta a importância das duas etapas da imunização na redução do agravamento e consequente morte decorrente da SRAG, que também pode ser provocada pelo novo coronavírus, entre outras causas. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde de Saúde (Sespa).

Ainda segundo a Sespa, até a última sexta-feira (13), 98.650 pessoas ainda não haviam tomado a segunda dose da CoronaVac; 188.786 ainda não tinham tomado a segunda dose da Astrazeneca e 38.591 a segunda dose da Pfizer. No total, 326.027 pessoas estavam nessa situação em todo o Estado.

Irna Carla do Rosário Carneiro, professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal do Pará (UFPA), diz que a principal função das vacinas contra a Covid 19, assim como outras vacinas, é proteger as pessoas contra as formas mais graves da doença, que levam o paciente a uma internação hospitalar, como em Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s).

“Neste caso a eficácia é muito elevada. Porém nenhuma vacina impede a infecção em 100% dos casos. As vacinas não impedem a infecção ou reinfecção. Daí a importância de manter as medidas já conhecidas para evitar transmissão, como uso de máscaras, distanciamento social e evitar aglomerações”,r ecomenda a médica.

Irna lembra que o Ministério da Saúde aponta que, após a estratégia vacinal ter avançado, houve uma redução de cerca de 67% no registro de óbitos e internações. “Portanto, está mais do que comprovado que a vacina tem impacto forte nas formas de gravidade da doença”.

 Irna Carla do Rosário
📷 Irna Carla do Rosário |Divulgação

A especialista chama atenção que existem grupos mais propensos a evoluir a óbito após a vacinação, como os que sofrem imunossupressão (condição que deixe o sistema imune mais fragilizado e, portanto, com maior risco de evoluir para maior gravidade das doenças infecciosas), pacientes transplantados, com doenças neoplasias não controladas cuja resposta vacinal (produção de anticorpos) não seja sustentada.

“Os idosos acima de 70/80 anos, que em geral apresentam uma menor capacidade de produção de anticorpos em relação à população em geral (imunossenescência) onde ocorre uma menor resposta do sistema imune, ou seja, sistema de defesa, também correm mais risco de morte”.

Dois casos exemplificam essa realidade: o cantor Agnaldo Timóteo, que faleceu aos 84 anos na primeira semana de abril deste ano, já havia tomado a segunda dose do imunizante quando começou a apresentar sintomas do novo coronavírus e veio a falecer semanas depois.

Na última quinta-feira o ator Tarcísio Meira morreu aos 85 anos. O ator e sua esposa Glória Menezes contraíram Covid mesmo após terem tomado a segunda dose da vacina, em março passado. Tarcísio teve que ser intubado na UTI e passava por diálise contínua em razão de problemas renais.

Irna ressalta que pessoas, mesmo vacinadas, podem transmitir o vírus, o que tem sido observado particularmente em relação à nova variante delta. “Portanto, há a necessidade de que todos os vacinados mantenham as medidas de prevenção de transmissão do vírus, com uso obrigatório das máscaras em locais públicos, evitar aglomerações e sempre higienizar as mãos”.

Enquanto a estratégia de vacinação não avança de forma adequada, a médica diz que a população precisa ter, acima de tudo, paciência. “Agora que estamos alcançando a vacinação em cerca de metade da população adulta na maioria dos estados. Precisamos comparecer para receber a segunda dose. Cada um de nós deve ser um multiplicador da boa informação e evitar a disseminação de fake news. Manter os cuidados de prevenção é uma responsabilidade de cada um de nós”.

O QUE É A SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) ?

Dentre as doenças que causam a SRAG estão as infecções dos pulmões (pneumonias) que podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e até fungos. Entre estes micro-organismos, está o novo coronavírus.

A SRAG pode ser definida, na prática, com o indivíduo que apresenta pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre de início súbito (termometrada ou não), calafrios, dor de cabeça, tosse, nariz escorrendo (coriza), dor de garganta, problemas no olfato ou no paladar, e que passe a apresentar dificuldade ou desconforto para respirar; sensação de peso ou pressão no peito; menor oxigenação no sangue (saturação de oxigênio < 95%); rosto ou lábios azuis ou arroxeados. Em crianças, também podem ocorrer sinais como falta de ar, desidratação e menor apetite.

É preciso ficar atento ao calendário vacinal

A também infectologista Helena Brígido lembra que o percentual de proteção das vacinas é variado, porém, o importante no caso das vacinas contra a Covid é de evitar a gravidade, caso ocorra a infecção pelo SARS-CoV2, evitando o óbito a partir da segunda semana da data da segunda dose. A taxa de eficácia geral da CoronaVac, por exemplo, é de 50,38%. E a proteção é de 78% para casos leves, segundo informou o Instituto Butantan em janeiro deste ano.

Helena Brígido
📷 Helena Brígido |Divulgação

Ou seja: quem toma a CoronaVac reduz pela metade ou em 50% a chance de ficar doente comparado com alguém que não se vacinou. Nenhuma vacina oferece proteção de 100%. “A função da vacina é de formar anticorpos específicos contra o vírus da Covid, pois o organismo reconhece o produto vacinal como sendo o próprio vírus e provoca a reação para que não ocorra os casos graves”, detalha Brígido.

O diagnóstico de Covid, explica, é dado pelos sinais e sintomas aliados ao diagnóstico laboratorial (tomografia e/ou teste RT-PCR específico). “No caso de testes de antígeno em busca da captação do vírus, dependendo do dia de início da doença e tipo de teste, é possível ter o resultado não reagente e não descartar a Covid. Portanto, o diagnóstico persiste”.

Helena diz que as pessoas precisam ficar atentas ao calendário vacinal. “A pandemia infelizmente não acabou e pessoas vulneráveis podem adquirir o vírus, adoecer e/ou transmitir a familiares, amigos, pessoas do trabalho etc. A vacina é uma das importantes estratégias de prevenção na Covid e pode evitar óbitos” .

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