Um balanço feito pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e pelo Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) apontou uma queda no preço do pescado em Belém. Entre as baixas mais significativa estão o cangatá, com um recuo de 19,62%; seguido pelo peixe-pedra (9,12%) e o bagre (7,39%). Nas feiras da capital, a diferença é confirmada pelos vendedores e vem sendo comemorada pelos consumidores.
Peixeiro no Mercado de Icoaraci, Marcelo Pereira conta que nas últimas semanas o preço do pescado teve uma queda considerável em todas as espécies. “A dourada, por exemplo, que estava sendo comercializada a R$ 30, agora estamos vendendo a R$ 25, R$ 20, o quilo. A pescada amarela também diminuiu o preço. Estava saindo por R$ 30, e agora está saindo por R$ 28, R$ 25 também”. Ele ressaltou que a baixa se deve a uma oferta maior do produto. “A questão do preço depende muito da maré. Agora estamos em um momento bom, com muita oferta de peixe”.
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- O vendedor de pescado João Neto também confirma a queda nos preços. “Nas últimas semanas baixou bastante. O filé da gó, por exemplo, está saindo por R$ 20 e tem dias que tem bastante que vendemos até por R$ 15. A dourada e a pescada amarela que são os mais procurados estavam sendo vendidos por R$ 30, agora estão saindo por R$ 25 e tem dia que está até R$20”.
O eletricista Marco Cardoso contou que já percebeu a queda no preço há algumas semanas. “Está mais em conta sim. Até que enfim o paraense está podendo ter de volta na sua mesa o seu melhor prato, o peixe com o açaí, porque o açaí também baixou, saiu de R$ 20 para R$ 10 por aqui”.
No Mercado de Peixe do Bengui, os preços também estão mais em conta. Segundo o peixeiro Renato Souza, a baixa se deve a pouca procura. “As vendas estavam ruins, por isso na última semana, o preço acabou baixando, principalmente dos peixes mais procurados pelos consumidores como a dourada, a gó e a piramutaba”, explicou. O primeiro passou de R$25 para R$ 20, já os dois últimos eram comercializados por R$ 25, o quilo, e agora são vendidos por R$ 15.
O peixeiro Ruan Silva diz que a justificativa para a baixa é uma maior variedade. “Aqueles peixes mais procurados, como a dourada e a pescada amarela, acabam baixando pouco por conta da procura que é grande. Mas os outros tipos, menos conhecido, como o peixe galo e o peixe agulha, já estavam com um preço bom e agora estão com o preço mais baixo ainda”.
No box dele chama atenção a variedade e o preço. O quilo da bandeirada está saindo por R$ 7, assim como o peixe galo, uma queda de R$ 2 a R$ 3 do preço anterior. Mas lá também se encontra gó e o bagre a R$12 (eram R$ 14). A piramutaba saiu de R$ 20 e agora está custando R$ 16. O quilo do peixe agulha que era R$ 12 agora está R$ 10. Já o tibira está o mais em conta de todos saindo a R$ 6, o quilo (era R$ 7).
O pedreiro Manoel Meneses aproveitou o preço para abastecer a geladeira. “Comprei a bandeirada, porque o preço está muito bom e ainda vou levar a gó ou o bagre, ainda estou decidindo, mas o preço está muito bom sim”.
Benefícios
A baixa no preço do pescado também é uma boa notícia para a saúde, já que o peixe é considerado uma carne leve e rica em nutrientes. A nutricionista Giovana Nascimento reforça que o peixe é essencial para quem quer manter uma alimentação balanceada e saudável. Segundo ela, existem várias espécies que se diferenciam em alguns aspectos umas das outras. “Alguns são mais ricos em gordura boa como o ômega 3, que são os peixes de água profundas como salmão e atum. Apesar de serem ricos em gordura essa gordura é benéfica para a saúde do coração”, explica.
Os peixes, afirma, fornecem quantidades apreciáveis de muitos minerais como cobre, zinco, potássio, magnésio, fósforo, iodo, ferro e selênio. “Nas suas variedades mais gordas, os peixes podem apresentar quantidades apreciáveis de vitaminas A, D e E”.
A lista de benefícios para quem consome esse alimento pelo menos de duas a três vezes por semana é extensa. “Os pescados são boas fontes proteicas e de gorduras boas como o ômega 3, que melhoram o funcionamento do sistema cardiovascular, neurológico e até a nossa produção hormonal”, garante.
As carnes de maneira geral, destaca a nutricionista, são fontes de proteínas de alto valor biológico. “Ou seja, aquelas que são mais facilmente absorvidas e utilizadas pelo organismo humano. Por isso, a carne de peixe pode ser considerada uma importante fonte de proteína para a nossa alimentação”, acrescenta.
Mas a forma do preparo é fundamental para garantir esses benefícios. “A melhor é a cozida no vapor, desta maneira quase todos os nutrientes do peixe são preservados e o valor calórico do prato diminui bastante”.
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